Se o debate com os candidatos à Prefeitura de Olinda já tinha sido fraco de proposta, o realizado nesta quinta-feira (13) com os postulantes de Jaboatão, Anderson Ferreira (PR) e Neco (PDT), foi um festival de agressão e ofensas que começou dentro do estúdio da Rádio Jornal, em palavras, e terminou na frente do prédio, com o confronto físico das duas militâncias que acompanharam os prefeituráveis.
As acusações entre os postulantes aconteceram tanto nos microfones como fora deles.
Com várias interrupções de Anderson quando Neco falava, o pedetista chegou a girar na cadeira em que estava sentado ameaçando deixar o encontro.
Enquanto isso, Anderson, que foi interrompido uma vez, olhava sempre sorrindo ironicamente para o opositor.
Eles se cumprimentaram de forma protocolar e no fim não se olharam e saíram rapidamente para as salas em que estavam suas equipes.
A estratégia, se é que se pode chamar de pensamento estratégico, dos dois foi de imprimir pechas no adversário.
Enquanto o pedetista chamava sempre o adversário de “candidato dos ricos que mora em Boa Viagem”, Anderson apostou da acusação de que Neco é “sinônimo de intervenção do município”.
LEIA MAIS » Militantes dos candidatos a prefeito de Jaboatão saem no tapa após debate » Justiça Eleitoral determina suspensão de propaganda de Anderson Ferreira contra Neco » Heraldo Selva já cola em Neco para dar sobrevida ao PSB na cidade E o debate versou sobre quais propostas?
Praticamente nenhuma.
Nem quando o comunicador Geraldo Freire, que mediou o debate, instou os postulantes sobre temas como segurança ou o Mercado de Cavaleiro, os dois explicavam propostas claras sobre os temas e voltavam a se acusar, com Anderson na defesa de que ele faz a “a nova política e que Neco representa o passado”, tendo como réplica do opositor a acusação de que ele a a família estão intricados em casos de corrupção.
O mesmo foi dito contra ele. “A família de vossa excelência fez o maior rombo com as subvenções sociais, aplicando dinheiro em uma instituição que não existia”, afirmou Neco, ainda lembrando que possui a mesma esposa há 40 anos e Anderson está na terceira esposa, “você caiu de paraquedas e com muito dinheiro em Jaboatão”.
Mas a esposa de Neco também entrou na celeuma várias vezes.
Com Anderson o acusando de ter aposentado ela, que era servidora municipal, ganhando mensalmente R$ 12 mil. “Vou entrar na Justiça para que ele prove isso”, se defendeu Neco: “Vereador não tem poder de aposentar ninguém.” Foto: Guga Matos/JC Imagem - Foto: Guga Matos/JC Imagem Foto: Guga Matos/JC Imagem - Foto: Guga Matos/JC Imagem Foto: Guga Matos/JC Imagem - Foto: Guga Matos/JC Imagem Neco foi um dos alvos da Caixa de Pandora Foto: Guga Matos/JC Imagem - Neco foi um dos alvos da Caixa de Pandora Foto: Guga Matos/JC Imagem Já Anderson sempre voltava no ponto de que no dia 25 de novembro Neco terá que se apresentar na vara criminal de Jaboatão, para explicar um desvio que ele teria praticado como vereador. “O Ministério Público chama Neco de formador de quadrilha, não sou eu.
Jaboatão não merece voltar ao passado.
Mais uma intervenção”, destacou Anderson.
Sobre o Mercado de Cavaleiro, Anderson disse que tem propostas fará uma área de carga e descarga, banheiros limpos. “Para ganhar a eleição estão prometendo até a mãe, mas não entregam”, colocou.
Neco disse que Anderson confunde Mercado de Cavaleiro com Mercado da mangueira.
Neco diz que tem o apoio do governador para revitalizar o mercado.
Ele diz que faz compra no mercado.
DOSSIÊS CONTRA ANDERSON E NECO Os dois candidatos levaram documentos para o estúdio no intuito de “apresentar as provas” do que estavam falando.
Anderson, após o encontro, fez questão de frisar que o “Ministério Público de Pernambuco diz que Neco é um formador de quadrilha, implicado em várias condenações”.
O pedetista disse que se fosse tudo isso não poderia ser candidato. “Como eu poderia me candidatar?
Já seria ficha-suja.
Ele foi condenado pela Justiça Eleitoral e perdeu parte do guia eleitoral. É um farsante, um mentiroso, um farsante”, apontou.
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