Com alarde, o secretário de Administração de Pernambuco, Milton Coelho (PSB), fez duras críticas a PEC do Teto de Gastos, que está prestes a ser votada pelo Congresso, na proxima segunda-feira.
A PEC visa limitar o crescimento de gastos do setor público à inflação anual.
Para Michael Temer, é um ponto fundamental para voltar a obter a credibilidade junto aos investidores internacionais e retormar o crescimento econômico.
Como voltou a repetir na Rádio Jornal, nesta manha, em entrevista ao comunicador Wagner Gomes. “É grave.
Vão sacrificar três gerações de brasileiros”, denuncia Milton Coelho sobre a proposta de Temer.
Não é a primeira fez que Milton faz críticas duras ao presidente Temer, a quem já chamou de “golpista”.
Meses atrás, no perfil de uma jornalista favorável à Dilma, Milton Coelho chamou explicitamente a subida ao poder de Temer de “golpe” e disse que o novo presidente estaria fazendo “aparelhamento do estado”. “Antes do golpe reclamavam do aparelhamento do estado e do alinhamento político dos servidores públicos com o governo.
Agora estão pedindo um comportamento que antes julgavam errado, quase um pecado mortal? É pra rir”, disse o secretário de Paulo Câmara.
As atitudes de Milton já causaram constrangimento na Frente Popular de Pernambuco.
O PMDB local não gostou e deixou isso claro em notas nas colunas de política dos jornais do Estado.
A confusão toda começou com um artigo no Facebook pessoal de Milton, que passou inicialmente sem alarde.
Após ter sido repercutida pelo Blog de Jamildo, foi lido em vários escalões do Governo Paulo Câmara (PSB), causando grande desconforto.
Neste artigo, Milton Coelho fez pesadas críticas pessoais ao novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chamando-o de “amigo da banca internacional”.
Mendonça Filho (DEM), ministro da Educação, também já foi criticado publicamente por Milton.
No caso de Mendonça, ele foi acusado de fazer um “desmonte” das equipes do ministério.
A propósito, Mendonça acabou de declarar apoio à reeleição de Geraldo Júlio (PSB) no Recife.
O secretário de Paulo Câmara, de forma bem explícita, deixou claro que não aceitará “patrulhamento” de quem quer que seja, dando a entender que não aceitará “reprimenda” nem do governador Paulo Câmara. “O que escrevo aqui no meu perfil pessoal representa minhas opiniões como cidadão brasileiro e em pleno gozo dos meus direitos políticos”, disse sobre eventuais críticas.
Veja o último texto de Milton contra o governo federal: “CONTRA A PEC 241/2016 - É GRAVE!
VÃO SACRIFICAR TRÊS GERAÇÕES DE BRASILEIROS CORTANDO RECURSOS DA EDUCAÇÃO, SAÚDE E SEGURIDADE SOCIAL PARA PAGAR JUROS AOS BANCOS.
O art. 3º da Constituição Federal esclarece quais são os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Para isso, o art. 6º elenca os direitos sociais: educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados.
Para assegurar especificamente os direitos à Saúde, à Previdência social e à Assistência Social, foi definida a Seguridade Social no art. 194 da Constituição, como um sistema de proteção social que visa garantir que os cidadãos se sintam seguros e protegidos ao longo de sua existência, provendo-lhes a assistência e recursos necessários para os momentos de infortúnios.
A Seguridade Social representa uma forma de organizar a sociedade com base no princípio da fraternidade e na garantia constitucional dos direitos.
Ela ainda conta com orçamento próprio composto por uma diversidade de fontes de receitas (art.195), provenientes do orçamento da União, dos Estados e Municípios, e das contribuições sociais feitas pelas empresas e pelos trabalhadores.
Dessas fontes, se destacam: Contribuição Previdenciária para o Regime Geral da Previdência Social (RGPS); Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das Empresas (CSLL); Contribuição Social Para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); Contribuição para o PIS/Pasep; Contribuições sociais sobre concurso de prognósticos (ex: loteria).”