Durante entrevista concedida à Rádio Jornal, na manhã desta sexta-feira (7), o presidente da República, Michel Temer (PMDB), falou sobre a propaganda defendendo a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para os gastos públicos e disse ter certeza que a proposta será aprovada.

Ao divulgar em sua campanha números da gestão Dilma Rousseff, o peemedebista afirmou não estar fazendo perseguição ao governo anterior: “tenho horror a isso”, disse. » Lobista detalha caixa 2 de chapa Dilma/Temer em 2014 » Comissão Especial da Câmara aprova PEC que limita gastos públicos por 20 anos Michel Temer ressaltou que a PEC dos gastos não será aprovada ‘só porque ele quer’. “Estamos tendo apoio extraordinário da Câmara e temos absoluta certeza que vamos aprovar a PEC.

Os deputados e também os senadores sabem o que é melhor para o País. “Tudo que estamos fazendo é com vistas a recuperar as contas públicas e o controle do teto dos gastos é fundamental.

Não podemos gastar mais do que recebemos”, ressaltou.

Confira a íntegra da entrevista: O presidente ainda alfinetou a gestão petista ao afirmar que o teto de gastos públicos deveria ter sido aprovado há muito tempo. “Pesquisas revelam que se isso fosse feito quatro ou cinco anos atrás teríamos déficit zero hoje no País.

Sobre usar a primeira-dama e o ministro da Fazenda em divulgações de programas e campanhas, Temer disse que “não está terceirizando a imagem do governo. “Estou apenas acabando com essa história de que quem manda é o presidente.

O governo é uma rede de pessoas e temos que dar espaço para todo mundo”, disse. » Presidente lança programa que terá Marcela Temer como embaixadora » “Precisamos das privatizações.

O Estado não pode fazer tudo sozinho”, diz presidente Michel Temer O presidente também falou sobre popularidade e afirmou não estar preocupado. “Se ao final dos quase dois anos da minha gestão tiver 2% de popularidade, mas os 12 milhões de desempregados estiverem trabalhando, prefiro ter o aplauso deles”, ressaltou.

PRIVATIZAÇÃO Michel Temer voltou a defender um pacote de privatizações. “Precisamos das privatizações e das PPPs porque o Estado não pode fazer tudo sozinho.

Não temos preconceito, o que importa é o crescimento do País”, disse.

O presidente ainda afirmou que é necessário fazer a distinção entre privatizações e concessões.

As primeiras privatizações serão dos “ativos da União que não forem necessários”, disse o presidente.

Temer destacou também que um de seus focos é resgatar a confiança dos investidores no País. “Na história do Risco Brasil nos perdemos a confiança de muitos países.

Tínhamos 501 pontos há 5 meses, agora nossa pontuação caiu para 350, quando atingirmos 240 pontos voltamos a ter aprovação dessas empresas”, disse.