Do Blog de Jamildo, com Estadão Conteúdo O ex-vice-líder da bancada governista na Câmara, Sílvio Costa (PTdoB-PE), um dos principais aliados da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) durante o processo de impeachment, declarou voto a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos nos próximos 20 anos à inflação.
A medida é de interesse do governo Michel Temer (PMDB) e, aprovada na comissão especial nessa quinta-feira (6), vai a plenário na segunda (10). “Quero me dirigir aos meus atuais companheiros de oposição do PT, do PCdoB e do PSOL.
Acho que não podemos perder este momento histórico e dar exemplo ao país.
Devemos repensar alguns valores da esquerda.
Precisamos ter grandeza e, mesmo com a dor de quem sabe que a democracia brasileira foi violada, deveríamos administrar as nossas feridas e votar a favor da PEC 241, para que amanhã a gente entre na história como uma nova esquerda, uma esquerda que, diferente deles, pensou no País”, afirmou o parlamentar em artigo enviado ao Blog de Jamildo.
LEIA TAMBÉM » Comissão Especial da Câmara aprova PEC que limita gastos públicos por 20 anos » Enquete: Você concorda com a PEC que propõe o teto para os gastos públicos? » Ministro do TCU defende teto dos gastos públicos: “Doa ou não, tem que ter” Sílvio Costa ainda criticou a oposição ao governo Dilma, hoje base aliada de Temer. “Esta base do atual governo ilegítimo, que hoje cobra responsabilidade fiscal, fez de tudo para prejudicar o governo da presidente Dilma.
Aprovou, por exemplo, o fim do fator previdenciário, o que iria provocar definitivamente a quebra do sistema previdenciário do Brasil.
Aprovou um ‘pacote de bondades’, a chamada ‘pauta-bomba’, que vai gerar um prejuízo ao país, a longo prazo, em torno de R$ 80 bilhões.
Tudo isso com o grande objetivo de desestabilizar o governo da presidente Dilma”, disparou no artigo.
OPINIÃO » Uma proposta legítima de um governo ilegítimo.
Por Silvio Costa “Quero salientar para aqueles que odeiam os governos do presidente Lula e da presidente Dilma que o desajuste fiscal no Brasil, lamentavelmente, é histórico, sobretudo por conta das posições corporativistas e demagogas do Congresso Nacional”, avaliou Sílvio Costa. “A maioria dos parlamentares federais pensa que o Estado brasileiro pode tudo e esquece que o Estado tem receitas e despesas, exatamente igual a qualquer família brasileira que quando as despesas aumentam não tem outra solução a não ser cortá-las.” PEC do teto A comissão especial na Câmara para analisar a PEC conseguiu aprovar o texto - e rejeitar oito destaques da oposição - após nove horas de sessão e uma obstrução cerrada - por 23 a 7 na noite dessa quinta-feira.
Sem conseguir mobilizar deputados para realizar uma sessão plenária nesta sexta-feira (7), o Executivo terá de aprovar um requerimento para quebrar o prazo de duas sessões exigidas entre a votação de uma PEC nas comissões e no plenário da Câmara.
Foto: Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados O requerimento precisa ser aprovado por maioria simples dos 513 deputados, ou seja, por 257 parlamentares - menos do que os 308 votos que terá de conseguir para aprovar o mérito da PEC.
A oposição deve tentar obstruir novamente a votação.
Também defensora de Dilma, Luciana Santos (PCdoB-PE), titular da comissão, afirma que a medida constitui-se em um verdadeiro retrocesso e ataque aos direitos constitucionais do povo brasileiro. “Isso porque é um programa antinacional, porque é um programa antipopular, porque é um programa entreguista”, disse a parlamentar. » Entenda a PEC do teto dos gastos públicos: Fonte: Agência Câmara - Fonte: Agência Câmara teto dos gastos2 - teto dos gastos3 - teto dos gastos4 - teto dos gastos5 - teto dos gastos6 - teto dos gastos7 -