Agência Brasil e Estadão Conteúdo - Uma operação da Polícia Federal (PF), deflagrada na manhã desta terça-feira (4), investiga grupo criminoso responsável tanto pela possível prática de financiamento ilegal de campanhas políticas na Bahia, quanto por esquemas de fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades.

Chamada de Operação Hidra de Lerna, os policiais estão cumprindo 16 mandados de busca e apreensão autorizados pela ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

De acordo com a TV Globo, um dos mandados é na casa do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte.

A empreiteira OAS e um diretório do PT na Bahia também são alvo da investigação.

Representante do PP, Mario Negromonte ficou no cargo entre 2011 e 2012 (Foto: Manu Dias/Agecom) Segundo a PF, “a operação, que deriva de 3 colaborações de investigados na Operação Acrônimo, já homologadas pela Justiça e em contínuo processo de validação pela Polícia Federal, tem como origem dois novos inquéritos em tramitação no STJ e cuja distribuição entre os ministros da corte ocorreu de forma automática”.

LEIA TAMBÉM » PF deflagra 9ª fase da Operação Acrônimo e mira em chefe da Casa Civil de MG » Polícia Federal deflagra 7ª fase da Operação Acrônimo » Presidente do grupo Aliança é alvo de nova fase da Acrônimo Em uma das linhas de investigação, a suspeita da PF é que os esquemas investigados realizassem triangulações com o objetivo de financiar ilegalmente campanhas eleitorais.

Para isso, a empreiteira investigada “contratava de maneira fictícia empresas do ramo de comunicação, especializadas na realização de campanhas políticas, remunerando serviços prestados a partidos políticos e não à empresa do ramo de construção civil".

Em outra direção a PF pretende investigar a ocorrência de fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades.

O nome da operação, Hidra de Lerna, faz referência à figura da mitologia grega, que, ao ter a cabeça cortada, ressurge com duas cabeças.

A Operação Acrônimo, ao chegar a um dos líderes de uma Organização Criminosa, se deparou com uma investigação que se desdobra e exige a abertura de dois novos inquéritos.

Hidra de Lerna O nome da operação, segundo a PF, se refere à “monstruosa figura da mitologia helênica, que ao ter a cabeça cortada ressurge com duas cabeças.” “A Operação Acrônimo, ao chegar a um dos líderes de uma Organização Criminosa, se deparou com uma investigação que se desdobra e exige a abertura de dois novos inquéritos”, explica a Polícia Federal.