O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro defendeu, na manhã desta terça-feira (4), o teto dos gastos públicos defendido pelo governo Michel Temer (PMDB) através de uma Proposta de Emenda à Constituição. “Essa questão dos gastos, doa ou não, tem que ter.

Pelas condições normais, administrando feijão com arroz, nenhum presidente da República administra esse País, nenhum governo fará o governo que nós precisamos”, disse em entrevista à Rádio Jornal.

LEIA TAMBÉM » CCJ da Câmara aprova PEC que limita gastos públicos por 20 anos » PEC dos gastos públicos será votada em primeiro turno até dia 11, diz relator » “Trava nos gastos públicos em 2017 está garantida”, diz ministro A PEC 241 propõe limitar pelos próximos 20 anos o aumento dos gastos públicos de um ano à inflação do ano anterior.

Pela proposta, os gastos públicos da União poderão crescer, em um ano, até a inflação oficial do ano anterior pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

No nono ano, o presidente poderá revisar a fórmula de crescimento dos gastos.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade da proposta em agosto.

José Múcio Monteiro defendeu também a reforma da Previdência, uma das medidas mais polêmicas da gestão. “O problema é o seguinte: do jeito que as contas do Brasil estão, nós não saímos disso sem um choque qualquer.

Nós não escapamos de reforma da Previdência, gostemos ou não gostemos.

Corremos o risco de nossas aposentadorias não serem pagas no futuro.

A dívida com a Previdência é uma coisa gigantesca.

Aqui no tribunal a gente tem os números todos e é uma coisa assustadora”, alertou o ministro.