Acabando com a hegemonia de 16 anos do PCdoB em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, a ex-prefeita, presidente nacional do partido e uma das principais defensoras de Dilma Rousseff (PT) no impeachment Luciana Santos foi a quarta mais votada na cidade e não chegou sequer ao segundo turno.

Da mesma forma que o atual prefeito, Renildo Calheiros (PCdoB), culpou uma “fadiga de material” e o fato de os comunistas terem defendido Dilma, Luciana concedeu entrevista à Rádio Jornal nesta terça-feira (4) concordando com o seu sucessor na gestão. “Paguei um preço alto por estar na linha de frente de resistência ao golpe, mas não me arrependo disso.

Também houve uma fadiga de material.

Não se é governo 16 anos sem ônus.

Mas temos méritos também. É natural que se acumulem erros e desgastes”, afirmou Luciana Santos.

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Inclusive, nem quando Lula esteve no Recife e aproveitou para gravar e discursar a favor de candidaturas ligadas ao seu grupo político na Região Metropolitana do Recife, ela foi chamada para integrar o ato.

Sua assessoria e a própria acusaram o incômodo informando que “ela havia sido chamada, mas que não iria” por causa de um ato de campanha.

Porém, um dos fatores que influenciaram a sua derrota foi rejeição de Renildo Calheiros, eleito com o apoio dela em 2008 e reeleito quatro anos depois, mesmo tendo perdido para a quantidade de olindenses que votaram branco ou nulo.

A própria ligação entre eles foi excluída do material de campanha dela, embora ele tenha comparecido, com direito a discurso, na convenção que homologou sua candidatura e na inauguração do comitê.