Na quinta-feira, o marqueteiro Marcelo Teixeira, amigo pessoal de João Paulo, em artigo exclusivo publicado no Blog de Jamildo, apostava que a eleição do Recife não seria decidida no primeiro turno, desafiando outras previsões em contrário.

Veja abaixo.

Por Marcelo Teixeira Publicitário e Diretor da Makplan O clima eleitoral esquentou no Recife e não tenho dúvidas de que a decisão será no segundo turno.

As pesquisas divulgadas hoje dia 29, mostram um crescimento de Geraldo Júlio do dia 09 até 29.

Ou seja, em 20 dias, o avanço foi neutralizado pelo índice de crescimento de Daniel.

As pesquisas provam que Geraldo Júlio não conseguiu a metade e mais um dos votos; falou e mostrou suas ações recentes de governo, as mais visíveis, portanto com melhor recall junto à opinião pública.

Mais expostas do que as ações de João Paulo, sombreadas aí por um tempo de 12 anos.

Vale salientar que Geraldo tem o dobro de espaço na mídia convencional do que o principal opositor.

Relembrando as eleições para prefeito na jornada anterior, em 2012, ano em que Geraldo ganhou por pouco no primeiro turno, ele tinha a companhia de Eduardo no auge da aprovação e um palanque bem mais amplo, com a presença de lideranças como Armando Monteiro.

Além disso, o candidato não era João Paulo.

Neste próximo segundo turno, já com os vereadores eleitos e com o mesmo tempo na mídia eletrônica para ambos os candidatos, teremos outra eleição.

As simulações de segundo turno feitas durante o primeiro não têm qualquer valor.

Tomemos como exemplo as eleições de Roberto Magalhães para prefeito (2000) e Mendonça Filho para governador (2006).

Em épocas de primeiro turno, os números do segundo turno deram vitória tanto a Dr.

Roberto, que vencia com folga Carlos Wilson ou João Paulo, quanto a Mendonça, que vencia Humberto Costa e Eduardo Campos.

Acontece um candidato ter menos votos no segundo turno do que teve no primeiro.

Isso se dá por diversos fatores, como a não participação ativa dos candidatos a vereador no segundo turno e a própria conjuntura nacional após os resultados do primeiro turno.

No segundo turno, vai valer a biografia, a história, a gestão, a palavra, o combate, as divergências, os erros e os acertos, as propostas e a credibilidade para executá-las; o peso das obras e das medidas inadequadas e equivocadas, mal feitos, envolvimentos em escândalos e os compromissos não cumpridos.

E é desse balanço que sairá o vencedor.

Outro fator importante: a corrupção ainda não foi tratada nas campanhas.

Certamente, em um segundo turno de condições semelhantes quanto a tempo de rádio e TV, teremos uma batalha mais dura.

O cidadão do Recife pode esperar um outubro quente em todos os sentidos.