Tido como favorito pela força do sobrenome, Miguel Coelho, do PSB, confirma a expectativa e, por 38,83% dos votos no momento em que 94,29% das urnas haviam sido apuradas, é eleito o novo prefeito de Petrolina, maior cidade do Sertão de Pernambuco.

Em segundo lugar ficou o deputado estadual Odacy Amorum (PT), com 26,17% dos votos no mesmo momento.

Para comandar o município, ele contará com o apoio de sua vice, Luska portela (DEM) e, principalmente, com o amparo de seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), que foi prefeito de Petrolina por três vezes (2004, 2000 e 1992) e de seu irmão, o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB-PE).

Foto: Divulgação - Foto: Divulgação Miguel 2 - Miguel 3 - Foto: Divulgação - Foto: Divulgação Miguel 5 - Miguel 6 - Nascido no Recife e criado em Petrolina, Miguel Coelho foi eleito, em 2014, aos 24 anos, como o mais jovem deputado estadual de Pernambuco, com 55.172 votos.

Apesar da pouca idade, o socialista já é advogado e convive com a política desde a infância por fazer parte de uma linhagem de lideranças sertanejas.

Para os petrolinenses será uma novidade ter Miguel como prefeito, pois será a primeira vez dele como gestor municipal.

Entretento, não é novo ter um Coelho no comando da cidade.

Na verdade, Miguel, assim como seu avô Paulo, seu pai Fernando e outros familiares como Josefa, Gercino, Clementino e Nilo, é integrante de uma das oligarquias políticas mais longevas do Nordeste, a dos Coelho.

Clã político O bisavô de Miguel, Clementino, conhecido como coronel Quelê, foi quem convenceu o filho Nilo, a ingressar, nos idos de 1947, na vida pública.

Médico, Nilo foi deputado estadual, deputado federal e chegou ao governo do estado em 1966 em eleição indireta, representando a Arena (Aliança Renovadora Nacional), legenda vinculada ao governo militar.

Em 1978, foi eleito para o Senado.

Em sua homenagem, o aeroporto de Petrolina foi batizado de Senador Nilo Coelho, mesmo nome da Orquestra de Câmara e Coro da cidade.

Também tem um bairro com o nome de Gercino Coelho e uma escola de segundo grau, a Clementino Coelho.

O estádio municipal, palco dos jogos do Petrolina e do 1.º de Maio, chama-se Paulo Coelho.

Há, inclusive, um parque que se chama Josefa Coelho.

A família, que já administrou por quase 50 anos ininterruptos, retorna ao comando da cidade de 300 mil habitantes, considerada a principal economia do interior de Pernambuco e importante polo exportador de frutas.

Nos últimos oito anos, Petrolina estava sob o comando do médico Júlio Lóssio, do PMDB, que viu seu candidato Ednaldo Lima ser derrotado no pleito deste ano com 20,72% dos votos.

Cabe ressaltar que Lóssio é um dos poucos prefeitos da cidade a não ter Coelho no nome, embora tenha contado com apoio do ex-deputado federal, falecido em 2015, Osvaldo Coelho (DEM), tio e desafeto político de Fernando Coelho desde que a família sofreu um racha em 1986.

De lá para cá, a família se dividiu em dois palanques, alternando vitórias e derrotas de lado a lado.

Entretanto, com intuito de tomar de volta a Prefeitura de Petrolina, os dois grupos políticos da Família Coelho decidiram em julho deste ano voltar a ser um só.

Depois de 30 anos caminhando em lados diferentes, os grupos liderados por Fernando Bezerra e Osvaldo Coelho celebraram uma reconciliação histórica quando o filho de Osvaldo, o suplente de deputado federal Guilherme Coelho, anunciou que apoiaria a candidatura de Miguel Coelho a prefeito de Petrolina.

A aliança parece ter dado certo.

Agora prefeito, Miguel terá de lidar com número de desempregados em Petrolina.

Esse ano o índice é de 14.600 pessoas.

Os dados são do Ministério do Trabalho.

Por causa do crescente desligamento de trabalhadores das empresas está crescendo cada vez mais a quantidade de pessoas que procuram uma alternativa e investem na informalidade.

A economia informal tem ganhado mais espaço nas ruas.

CONFIRA AS PROPOSTAS DE MIGUEL REGISTRADAS NO TSE: Proposta de governo de Miguel Coelho de Portal NE10