Da ABr - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nessa sexta-feira (30), após participar de evento com empresários na capital paulista, que a taxa de desemprego deverá começar a perder força a partir de 2017.
Segundo ele, a situação da economia ainda é grave, mas a queda nos indicadores está começando a estabilizar. “A expectativa é que [o desemprego] comece a cair no ano que vem”, disse. “Esperamos que, com o crescimento da economia, a retomada do emprego acontecerá inevitavelmente.
Não imediatamente, acreditamos que durante o ano de 2017, certamente.
Não há dúvida que com o crescimento acentuado e continuado da economia nos próximos anos, aí de fato, o desemprego vai tender a cair de uma forma consistente”. » Desemprego bate novo recorde: 11,8%, atingindo 12 milhões de pessoas O ministro da Fazenda disse, no entanto, que é prematuro falar em recuperação econômica, e que o país ainda vive uma recessão. “Ainda é prematuro dizer que já começou a recuperação [econômica]”, disse. “É muito séria ainda a situação.
A economia continua em recessão, mas a queda começa a se estabilizar e muitos setores começam a dar indicadores de que podem já estar no início do processo de recuperação, que deve se confirmar e consolidar no próximo ano”.
Meirelles voltou a defender a proposta de emenda à Constituição (PEC), em tramitação no Congresso Nacional, que estabelece um teto para os gastos públicos.
De acordo com ministro, mesmo antes de ser aprovada, a medida já está gerando um clima positivo na economia. “O fato de que já está em andamento no Congresso já faz com que a expectativa já melhore, que a economia já comece a dar sinal de recuperação”, disse.
A taxa de desemprego no Brasil, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), subiu para 11,8% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados divulgados nessa sexta.
Nos três meses anteriores, a taxa estava em 11,2%, e já era a maior da série histórica.
A pesquisa aponta 12 milhões de pessoas desocupadas no País, população classificada assim por ter procurado emprego sem encontrar.
Em relação a março, abril e maio, a população desempregada de junho, julho e agosto aumentou em 583 mil pessoas, ou 5,1%.