O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na noite dessa segunda-feira (26) de ato de campanha em apoio a Jandira Feghali (PCdoB) no Rio de Janeiro.
Em seu discurso, ele voltou a criticar as denúncias da Lava Jato contra ele e disse que, se a “intenção era tirá-lo da disputa de 2018 à presidência”, ele, que ’não era candidato’, agora é.
Lula disse ser hoje “um cidadão indignado”. “Não posso aceitar as ofensas de meninos procuradores que dizem que eu montei uma quadrilha para governar”, criticou, em relação à denúncia em que o Ministério Público Federal o acusou de ser o comandante geral do esquema de corrupção na Petrobras, investigado na Lava Jato. “Formei, sim, uma quadrilha, que tirou 36 milhões de pessoas da miséria, incluiu 40 milhões na classe média, que gerou 22 milhões de empregos”, disse o ex-presidente. “É isso que vocês não suportam?”, questionou.
Lula disse ainda que “podem investigar” sua vida, mas provocou os procuradores: “não venha com convicção.
Convicção não é prova”.
Lula disse ainda que sabe que “o povo brasileiro fica orgulhoso em ver que, pela primeira vez, rico está sendo preso”, mas que isso não é “por causa do MP ou da PF, é pelas coisas que eu e Dilma fizemos”. “Quem criou o Portal da Transparência?
Quem deu independência à PF?
Quem indicou o primeiro da lista do MP?
Não foram eles”, destacou.
Lula relembrou sua trajetória política e as realizações de seu governo. “Eu tenho 70 anos e tive a oportunidade por causa da coragem dos trabalhadores, de virar o sindicalista mais importante do país no fim dos anos 70, eu tive a oportunidade pela consciência dos trabalhadores em criar o maior partido de esquerda da América Latina.
Tive o privilégio de ter perdido três eleições sem ter perdido a tranquilidade, e em compensação tive o privilégio de ganhar quatro eleições”.