Em sabatina realizada na TV Jornal, na manhã desta segunda-feira (26), o deputado federal e candidato a prefeito do Recife pelo PSDB, Daniel Coelho, disse que não trabalha com a hipótese de apoiar algum candidato no segundo turno, pois de acordo com ele, a expectativa é de passar João Paulo (PT) e disputar a cadeira de prefeito contra o atual prefeito, Geraldo Julio (PSB).
Questionado pela apresentadora Graça Araújo qual seria a exigência ao candidato apoiado caso não fosse ao segundo turno, o tucano disse que não pensou nisso, porque tem certeza que vai estar no segundo turno. “Todos os institutos apontam que nós dobramos as intenções de voto durante esse processo, então há muita confiança”, disse.
O tucano apareceu como terceiro colocado com 12% dos votos, atrás de João Paulo com 25% e Geraldo está liderando com 33% das intenções de voto, de acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgada no último sábado, dia 24.
Daniel voltou a criticar a gestão de Geraldo pelo “abandono” de centros sociais urbanos no Recife. “Temos nove centros abandonados e destruídos.
A diferença do Compaz para o centro social é o nome.
Temos que fazer o que já existe e esquecer esta política que promete o novo e esquece o antigo”, disse o candidato.
O deputado federal afirmou que a movimentação deve ocorrer nestes últimos dias antes da eleição. “Estamos confiantes no quadro onde temos o candidato do PT caindo e nós subindo.
Estamos animados pois temos histórico de ultrapassagens na reta final.
Esta movimentação deve ocorrer mais perto do dia da votação, pois a campanha é menor”, explicou Daniel.
CONSERVADOR?
Em outro momento da sabatina, Daniel foi questionado pela diretora-adjunta de conteúdos digitais do Jornal do Commercio e jornalista, Maria Luíza Borges sobre seu posicionamento à favor do o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, da diminuição da maioridade penal e da Lei da Terceirização.
O tucano afirmou que “conservadorismo é manter do jeito que está”. “Não acredito que a cassação de quem cometeu crime é uma pauta conservadora.
Porque ela (Dilma) cometeu crime de responsabilidade.
Assim como fui a favor da cassação de Eduardo Cunha, porque ele cometeu quebra de decoro parlamentar”.
Daniel ainda afirmou que a diminuição da maioridade penal é para crimes hediondos, cometidos por 0,1% doa adolescentes, e que a demanda era uma necessidade da população.
Sobre os terceirizados, Daniel disse que a lei protege os empregados da exploração. “Eu não me pauto pelo voto.
Político tem que se pautar pelo futuro e pelo o que ele quer ver de mudança na cidade” disse.