Dois dias depois de virar réu na Operação Lava Jato pelo caso do tríplex no litoral de São Paulo, o ex-presidente Lula (PT) chega a Pernambuco.

O líder petista tem agendas no Recife, onde reforça o palanque de João Paulo (PT), e em Ipojuca, a cidade da Refinaria Abreu e Lima, para ato de campanha de Romero Sales (PTB).

Apesar do objetivo eleitoral dos compromissos, Lula também tem uma oportunidade no reduto eleitoral do partido para se defender das acusações do Ministério Público Federal contra ele: corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

LEIA TAMBÉM » No Ceará, Lula se diz ‘ofendido’ por ter vida ‘futucada por uns meninos do MPF’ Com João Paulo, Lula participa de caminhada saindo da Câmara Municipal até a Praça da Independência, na área central, às 16h.

Lá, tem ato político e faz discurso aos militantes da legenda na capital pernambucana.

Depois do ato no Recife, o petista segue para Ipojuca, a 52 quilômetros da cidade, para reforçar a campanha do candidato Romero Sales (PTB) em ato às 20h30.

O petebista é o aliado de Armando Monteiro Neto (PTB), ex-ministro do governo Dilma Rousseff (PT) e defensor da petista no Senado durante o processo de impeachment.

Candidato a governador de Pernambuco há dois anos com apoio de Lula, Armando já monta estratégia para as próximas eleições estaduais. “Ipojuca é uma vitrine muito grande das mudanças que houve em Pernambuco por causa de Lula.

Refinaria, Estaleiro e o parque industrial que ali se instalou são exemplos”, explicou o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro. » Uma das maiores defensoras de Dilma, Luciana Santos é limada pelo PT em visita de Lula Lula depois volta ao Recife e fica até a sexta-feira (23), quando concede entrevista a Geraldo Freire, na Rádio Jornal.

Tour pelo Nordeste O ex-presidente iniciou, nesta quarta-feira (21), uma série de visitas a cidades do Ceará e do Rio Grande do Norte antes de passar por Pernambuco.

A primeira cidade por onde Lula passou foi Barbalha, no Cariri cearense.

No discurso, o petista disse que está “ofendido” e “magoado” por ter, aos 71 anos de idade, a vida “futucada por uns meninos do MPF”. » Sérgio Moro atende pedido de procuradores do MPF e transforma Lula em reú na Lava Jato » João Paulo diz que tornar Lula réu é perseguição ao ex-presidente “Depois de dois anos de futuca, futuca e futuca, não encontrando provas, não encontrando nenhuma prova, porque eles têm de saber que eu não tenho o estudo que eles têm, mas eu tenho a vergonha na cara que muita gente não tem.

E se tem uma coisa que eu me orgulho é de olhar na cara de uma mulher, olhar na cara de um homem e de uma criança e dizer para vocês que no dia que acharem um real na minha vida que não seja meu, eu não valho mais ter a confiança de vocês”, disse Lula em palanque montado para o candidato a prefeito da cidade, Fernando Santana (PT). » Sílvio Costa diz que há uma obsessão em condenar Lula » Lula: “Estou triste que Moro tenha aceitado denúncia, mesmo ela sendo uma farsa” Lula depois foi ao Crato. “Provas eles não têm.

Só convicção.

Dizem que eles estão fazendo tudo isso para eu não ser candidato em 2018”, afirmou o petista. “Meu erro foi ter a ousadia de dar dignidade ao povo pobre deste país.” A última cidade desta noite foi Fortaleza, a capital, onde discursou em ato de campanha da candidata à prefeitura Luizianne.

Assista: Protestos de militantes Centrais sindicais que apoiam os governos petistas convocaram uma manifestação para as 15h, na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro, na área central, em frente à Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), para protestar contra mudanças na legislação trabalhista.

Os movimentos Frante Brasil Popular e Povo Sem Medo, organizadores dos protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff, também vão participar do ato.

O presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Veras, é contra a alteração prevista nessas leis e na Previdência Social, prevista pelo governo Michel Temer (PMDB). “Estamos mobilizados, atentos e na luta contra o governo golpista e ilegítimo de Temer.

A CUT, as centrais sindicais, os movimentos sociais, populares, estudantes, coletivos de gêneros e os partidos de esquerda continuarão lutando nas ruas pela volta do Estado democrático de direito no Brasil e contra a retirada de direitos sociais e trabalhistas”, afirma Veras.