Sem alarde, foi divulgada na segunda-feira (20), no Diário Oficial, a decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de autorizar o funcionamento do aeroporto de Cláudio, interior de Minas Gerais para tráfego aéreo de jatinhos e aviões de pequeno porte pelos próximos dez anos.

De acordo com o jornal O Estado de S.

Paulo, a pista, com 1 km de extensão, está localizada em terreno desapropriado que foi do tio de Aécio.

Ela foi construída pelo governo mineiro na gestão do atual senador tucano, a um custo de R$ 14 milhões aos cofres públicos.

O valor da obra de Cláudio é de quase três vezes a média de recursos aplicados em outros 11 aeroportos onde também foram feitas obras de ampliação.

Em 2014, o Ministério Público Federal e Estadual abriram investigações para verificar a incidência do crime de improbidade administrativa na construção do aeroporto, mas os procedimentos foram arquivados.

O assunto gerou a principal crise na campanha de Aécio Neves à presidência da República, em 2014.

Em nota, o senador Aécio Neves afirma que a homologação do aeroporto comprova a inexistência de irregularidade.

A construção do aeródromo de Cláudio fez parte do Programa Aeroportuário de Minas Gerais (Proaero), por meio do qual o governo mineiro fez investimentos diversos em 24 aeroportos locais.

O valor da obra de Cláudio representa investimento per capita de mais de R$ 510, quase três vezes a média de recursos aplicados em outros 11 aeroportos que também receberam projetos de ampliação da capacidade.

De acordo com a Anac, o pedido para a homologação do aeroporto foi feito em julho de 2011, ainda no governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

A assessoria do órgão informou que, para a liberação do funcionamento do aeroporto foi feita “uma série de ajustes”, sem informar quais.