Por Fernando Castilho, no coluna JC Negócios No anúncio de sua meta para o Plano Estratégico para o período de 2017 a 2021, onde informa que o objetivo financeiro é reduzir a dívida líquida da empresa a 2,5 vezes a sua geração de caixa em 2018 quando no balanço anual de 2015, esse índice alcançou 5,3 vezes, a Petrobras revelou que está atrás de um parceiro para concluir a Refinaria Abreu e Lima, a Rnest.

Segundo a empresa, o 1º conjunto de refino (Trem I) – com capacidade para processar até 100 mil barris dia de petróleo e gás (100 kbpd 130 kbpd) – está contratando, inclusive, a conclusão da Unidade de Abatimento de Emissões (SNOX) que permite operar integralmente essa primeira parte.

Mas a segunda unidade não tem prazo de ser construída uma vez que a companhia está em busca de parceria.

A mesma proposta, aliás, está para o Complexo do Rio de Janeiro o Comperj.

Ali, a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) está em fase de conclusão, mas a refinaria prevista para o projeto está também em busca de parceria.

Segundo o presidente da empresa Pedro Parente Nos próximos dois anos estaremos concentrados na recuperação da solidez financeira da Petrobras, como uma empresa integrada de energia que tem foco em óleo e gás.

No horizonte total dos cincos anos desse planejamento, a nossa proposta é que a empresa tenha sido saneada, tenha padrões de governança e ética inquestionáveis para sustentar uma produção crescente.

Em julho a Petrobras aprovou a reavaliação do projeto da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) coma decisão de continuidade das atividades de contratação da unidade de abatimento de emissões (SNOX) e demais obras de complementação do Trem 1.

A empresa informou ainda que a decisão final sobre a melhor estratégia para implantação do Trem 2 da RNEST se dará no âmbito da aprovação do próximo Plano de Negócios e Gestão (PNG).

Nesta segunda-feira saiu a decisão de só retomar essa parte do empreendimento comum novo parceiro.

Ele disse ainda que um dos maiores objetivos é a melhora nos indicadores de acidentes exigirá uma mudança cultural e de foco nas ações de segurança.

Mas além das metas de desempenho que serão desdobradas até o nível de supervisores, a estimativa no Plano Estratégico é de uma redução de 18% em relação à primeira estimativa para esses gastos no período 2017-2021.

Essas despesas totalizam, agora, US$126 bilhões.

O corte é de cerca de R$ 27 bilhões em relação à estimativa inicial 2017-2021.

A empresa também quer reduzir a taxa de acidentados registráveis (TAR) – indicador da indústria que mede todos os tipos de acidentes e incidentes ocorridos – deve ser reduzida dos 2,2 por milhão de homens hora em operações da companhia em 2015 para 1,4 em dois anos, chegando a 1 em 2021.

O segmento de Exploração e Produção absorverá a maior parte dos investimentos próprios da Petrobras, concentrando 82% dos recursos.

A área de Refino e Gás Natural receberá 17% do total, enquanto as outras áreas da companhia responderão por 1%.

A meta de produção no Brasil de óleo e líquido de gás natural foi fixada em 2,8 milhões de barris por dia (bpd) para 2021, considerando a entrada em operação de 19 sistemas de produção no período de 2010 a 2021.

Uma das principais ações para garantir que as metas sejam cumpridas será a adoção de novas ferramentas de gestão e gerenciamento de custos, especialmente o Orçamento Base Zero (OBZ).

Por meio desse instrumento, os gastos da empresa serão revistos, mantendo as despesas consideradas essenciais para o negócio e evitando cortes lineares que prejudicam a operação.