A segunda rodada da pesquisa da Nassau voltou a perguntar aos eleitores do Recife se existe crise econômica no Brasil e, em caso afirmativo, na opinião destes, se a crise econômica nacional interfere negativamente na administração do prefeito Geraldo Julio.

A questão é relevante, nestas eleições, uma vez que o prefeito Geraldo Julio já havia dado sinais de que usaria a crise para justificar não ter cumprido todas as promessas de campanha.

Os adversários têm criticado, antes e depois do início da campanha oficial, a estratégia.

O tucano Daniel Coelho chegou a comparar a gestão do PSB no Recife com a gestão do DEM, em Salvador, citando ACM Neto, que também enfrentou crise e está com bons índices de aprovação na Bahia.

A campanha do candidato do PT João Paulo adota a mesma estratégia.

Assim, a maioria dos entrevistados pela Nassau continua discordar dos adversários do candidato do PSB.

No mês de agosto, para a maioria dos entrevistados, 90,1% das respostas, existia crise sim.

O total de quem disse não existir crise somou 9,9% das respostas.

Nesta rodada de setembro, as respostas variaram um pouco (88,7% para o sim à crise e 10,9% para um não existe crise), mas sem mudar o entendimento geral anterior, ao menos neste ponto.

Com um mês de guia eleitoral, cresceu o percentual de pessoas que disseram acreditar que a crise econômica nacional interferia negativamente na administração Geraldo Julio.

No mês de agosto, a maioria dos entrevistados que respondeu afirmativamente somava 61,6%.

Agora, são 71%.

Por outro lado, os entrevistados que afirmaram categoricamente que não, a crise não interferiria na gestão do socialista, somavam 34,8% das respostas em agosto.

Agora, são 24,7%.

No mês passado, o professor Adriano Oliveira, coordenador geral da pesquisa da Nassau, já apontava para a situação. “A crise tende a ajudar Geraldo no momento em que ele mostra suas obras.

Como a crise está diretamente ligada ao eleitor, pode ajudar positivamente Geraldo”, afirmou, no mês passado.