Por Maurício Garcia, Diretor Regional do IBOPE Inteligência em Recife Como já divulgado aqui no meu último artigo, nas últimas semanas, o IBOPE Inteligência divulgou pesquisas políticas em dezenas de cidades pelo Brasil, dentre elas, todas as capitais nordestinas.

Com todas essas informações (disponíveis em www.ibopeinteligencia.com), podemos fazer mais algumas leituras interessantes desse momento político do país.

Um dos dados mais ricos que temos lá são dos principais problemas de cada uma das cidades.

Vale ressaltar que cada entrevistado pode citar durante a pesquisa, até três áreas problemáticas no seu município.

Como era de se esperar, com base em dados que o IBOPE Inteligência já levanta em pesquisas nacionais, a saúde é o principal problema de TODAS as capitais do Nordeste e é mais enfaticamente citada em Aracaju: A capital sergipana também se destaca por ser a que mais aponta a educação como um problema da cidade.

Ao que tudo indica, como reflexo dos recentes atentados na cidade, que fizeram até a Força Nacional se deslocar para lá, Natal é a cidade onde a segurança pública mais preocupa seus moradores.

Salvador é destaque por ser a que mais reclama da questão da geração de empregos.

Recife é destaque em dois pontos: a cidade com maior incidência de citações da rede de esgoto como um problema e da limpeza pública (empatado com Fortaleza).

Além dos números municipais, temos também como comparar a avaliação dos governadores dos nove estados nas capitais, regiões onde os eleitores costumam ser mais críticos aos governadores.

O paraibano Ricardo Coutinho (PSB), reeleito em 2014, é o mais bem avaliado, com saldo positivo de 53 pontos percentuais.

Já o pior avaliado é o governador sergipano Jackson Barreto (PMDB), com 45 pontos percentuais negativos de saldo, em decorrência de 54% de avaliações negativas.

Em seu primeiro mandato, o pernambucano Paulo Câmara (PSB) está com saldo negativo de nove pontos percentuais, entretanto, a maior parcela do eleitorado (48%) o avalia como “regular” apenas.

Aliás, sete dos nove governadores estão na casa dos 40% de avalição “regular”, o que mostra que o eleitor ainda não tem uma opinião tão bem formulada sobre suas gestões.

As duas exceções são os dois governadores reeleitos, mas em situações opostas: Ricardo Coutinho é o melhor e Jackson Barreto o pior.