Por Maurício Garcia, Diretor Regional do IBOPE Inteligência em Recife Nas últimas semanas, o IBOPE Inteligência divulgou pesquisas políticas em dezenas de cidades pelo Brasil, dentre elas, todas as capitais nordestinas.
Com todos esses dados, que estão disponíveis no site do IBOPE Inteligência (www.ibopeinteligencia.com), podemos fazer leituras interessantes do momento político do país.
Um deles é o grau de interesse dos moradores das capitais do Nordeste pelas eleições municipais de outubro: Como podemos notar pelos números acima a apatia pelas eleições que estão marcadas para daqui algumas semanas é enorme.
Somente em Teresina a soma dos índices de “pouco interesse” e “nenhum interesse” não é maior que 50%, mas mesmo assim está no limite (48%), chegando a superar 60% em Natal e Aracaju.
O maior desinteresse está entre os eleitores de Natal.
Recife está na média das demais capitais, mas vale ressaltar a apatia dos pernambucanos: de cada três eleitores, um não tem NENHUM interesse pelo pleito municipal que se aproxima.
Com relação à avaliação dos prefeitos (e vale lembrar que TODOS os prefeitos de capitais do Nordeste são candidatos à reeleição), o soteropolitano ACM Neto (DEM) é o mais bem avaliado prefeito do Nordeste, com 71% de avaliações positivas (ótima ou boa), seguido pelo paraibano Luciano Cartaxo (PSD) e pelo tucano Firmino Filho, todos candidatos à reeleição: Nesse quesito, depois de pouco mais de três anos e meio de mandato, seis dos nove prefeitos têm saldos positivos de avaliação, ou seja, suas avaliações positivas (ótimo + bom) são superiores à sua avaliação negativa (ruim + péssimo).
O prefeito de Salvador tem um saldo de 66 pontos percentuais, enquanto o mais mal avaliado é o prefeito de Aracaju, o experiente João Alves, com 40 pontos percentuais negativos de saldo.
Ambos são do DEM, o que mostra que não é bem o partido político que está influenciando a intenção de voto do eleitor.
O prefeito do Recife Geraldo Júlio, do PSB, quase que empata as avaliações, mas tem saldo negativo (-2 pontos percentuais) e no ranking está em sétimo lugar, numa comparação entre nove alcaides.
Como um desdobramento da questão da avaliação, a aprovação segue a mesma tendência, mas aqui vemos mais claramente o ranqueamento e agrupamento desses prefeitos das capitais do Nordeste.
Há três blocos: aqueles com aprovação acima de 50% (mais aprovados que desaprovados), com cinco prefeitos; aqueles com aprovações divididas entre os eleitores (dois prefeitos) e aqueles com desaprovação maior que a aprovação (dois prefeitos).