A proposta de reforma trabalhista que será apresentada pelo governo Michel Temer (PMDB) inclui, de acordo com o ministro Ronaldo Nogueira, a flexibilização da jornada diária de trabalho.

Em vez das atuais oito horas por dia, o funcionário poderá, se o plano for aprovado, trabalhar até 12 horas por dia - desde que, no fim da semana, não ultrapasse 44 horas normais e quatro horas extras semanais.

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LEIA TAMBÉM » Governo quer aumentar limite de jornada diária de trabalho de 8 para 12 horas » Temer orienta Ministro do Trabalho a se retratar sobre mudança na jornada » CUT e Força Sindical divergem sobre greve geral contra reforma trabalhista A declaração do gestor atual da pasta do Trabalho foi nessa quinta-feira (8), após encontro com sindicalistas, e, diante da repercussão sobre o assunto, Nogueira voltou à imprensa para afirmar que as 12 horas de trabalho não serão regra. “O que a reforma permitirá é que as convenções coletivas de categorias tenham a opção de flexibilizar a forma como a jornada será realizada, ou seja, como as horas serão distribuídas na semana”, declarou o ministro. “Será uma medida importante para criar novas oportunidades de ocupação com renda para os brasileiros.

Hoje, o desemprego atinge mais de 11 milhões”, afirmou ainda.

A Central Única de Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical, as duas maiores centrais do País, são contrárias ao projeto de reforma trabalhista do governo Temer.

As duas discordam apenas sobre as formas de manifestação desse posicionamento.

De um lado, a CUT, ligada ao PT, defende uma greve geral; enquanto isso, a outra, que tem como liderança o deputado federal Paulinho da Força (SD-SP), favorável ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), afirma que devem ser esgotadas todas as formas de negociação com a presidência antes de uma medida como essa.