Agência Brasil - O Conselho Superior do Ministério Público Federal prorrogou por mais um ano os trabalhos força-tarefa da Operação Lava Jato, composta por 11 procuradores federais e que estava marcada para ser dissolvida no próximo dia 8 de setembro.

A decisão foi tomada em sessão ordinária do conselho, realizada nesta terça-feira (6) e presidida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Além dos onze integrantes, compõem a força-tarefa da Lava Jato o procurador Deltan Dallagnol, que comanda os trabalhos, e mais três assistentes.

Os trabalhos do grupo tiveram início em abril de 2014.

A Operação Lava Jato já teve 33 fases.

Foi prorrogada também a força-tarefa que investiga desvios na Eletronuclear, no âmbito das obras da Usina Nuclear de Angra 3. “Ritmo mais lento” O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que os processos da Operação Lava Jato julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) têm um ritmo “mais lento” do que na primeira instância, na Justiça Federal do Paraná.

Os trabalhos da força-tarefa da Operação Lava Jato, que investiga desvios na Petrobras, começaram em abril de 2014, e 98 pessoas já foram condenadas pela primeira instância em Curitiba.

Foto: Lula Marques/Agência PT O STF, que julga processos que envolvem políticos com foro privilegiado, ainda não gerou nenhuma decisão final relacionada à Lava Jato.

Janot evitou criticar diretamente o Supremo, dizendo apenas que este é “o ritmo do tribunal”.

Janot atribuiu a relativa morosidade da Lava Jato no STF ao fato de que o tribunal “não ter sido feito para formar processo, mas para julgar recurso”.

Quando o Supremo recebe a tarefa de originar processos, “fica mais lento mesmo”, acrescentou o procurador-geral da República, que falou com os jornalistas após sessão do Conselho Superior do Ministério Público Federal.

Questionado se isso seria uma crítica direta ao foro privilegiado, Janot respondeu que “na extensão que está, é”.