Se na sabatina da Rádio Jornal, na semana passada, o ex-prefeito João Paulo (PT), novamente candidato, prometeu desapropriar o terreno do Cais José Estelita, em debate com representantes do setor produtivo e da construção civil, nessa segunda-feira (5), recuou e disse que fará isso “se for preciso”. “Nós vamos, sim, ouvir tanto a população quanto o setor produtivo sobre esse assunto.

E como eu já havia declarado, se for preciso, nós iremos, sim, desapropriar a área e buscar um entendimento com a sociedade sobre isso.

Cabe ao prefeito da cidade o peso da tomada de decisão.

O que ele não pode é ser omisso”, afirmou João Paulo.

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Saiba o que pensam os candidatos “Nós temos a compreensão de que o mundo está mudando muito rapidamente.

E que o momento é de procurarmos um ponto de equilíbrio entre os diversos segmentos. É nesse sentido que vemos como muito importante a necessidade de se ter um diálogo com todos os setores.

Com o setor produtivo, que gera empregos e é responsável por obras de grande porte na nossa cidade, mas também com os movimentos que tem nos colocado a pensar a cidade sob outros aspectos.

A responsabilidade da Prefeitura é de ouvir todos e achar um ponto de equilíbrio em momentos de conflito.

Governar é administrar conflitos”, declarou ainda o petista.

O consórcio formado por quatro empreiteiras – Ara Empreendimentos, GL Empreendimentos, Moura Dubeux Engenharia e Queiroz Galvão – comprou por R$ 55 milhões a área dos antigos armazéns, que pertencia ao espólio da Rede Ferroviária Federal, em leilão realizado em 2008.

Depois que a Operação Lance Final, deflagrada pela Polícia Federal em outubro de 2015, apontou fraude na compra do terreno, a Justiça Federal anulou o processo.

O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) suspendeu essa decisão um mês depois.

Em junho deste ano, entretanto, o juiz federal titular da 1ª Vara, Roberto Wanderley, reafirmou a sentença, retomando a anulação do leilão.