Durante sabatina realizada na manhã desta sexta-feira (2), na Rádio Jornal, a candidata a prefeita do Recife pelo DEM, Priscila Krause, afirmou o que o aplicativo Uber “veio pra ficar e vai ficar”.

Ainda assim, Priscila ressaltou que é necessário uma nova legislação para os táxis e regulamentar o Uber. “É preciso rever a lei de concessão dos táxis para dar mais competitividade à categoria”, disse Priscila.

LEIA TAMBÉM » Daniel Coelho quer cortar comissionados: ‘temos que acabar com a política mofada’ » João Paulo ataca e diz que Geraldo Julio desmantelou a saúde no Recife » Sobre segurança no Recife, Geraldo Julio diz que “antiga gestão lavava as mãos” A candidata defende a necessidade de se levar à Câmara um projeto para a modificação da legislação que regula o serviço de taxistas.

Em entrevista recente ao Blog, Priscila disse que é necessário deixar o serviço de táxi menos engessado e com maior poder de competitividade perante o Uber. “Vamos incentivar, por meio de cursos de capacitação, que os taxistas se qualifiquem cada vez mais pra atender os passageiros, oferecendo diferenciais no serviço prestado”, propõe. “São cerca de sete mil motoristas que vivem, na sua maioria, dependentes do seu trabalho, ou seja, a renda das viagens do dia é a principal fonte do orçamento familiar”, argumenta.

As eleições municipais do Recife este ano acontecem em meio à polêmica sobre a regulamentação de aplicativos de transporte de passageiros como o Uber, que chegou à capital pernambucana em março.

Da mesma forma que aconteceu em outras capitais no mundo, o novo modelo de negócio tem causado polêmica e levado alguns taxistas a protestar contra o serviço.

Em Recife, dos oito candidatos à prefeitura da capital pernambucana, sete defendem a regulamentação desses apps. » Embates envolvendo taxistas e operadores do Uber chegam à Alepe O problema, no entanto, não para por aí.

Há brechas até na legislação.

A gestão municipal leva em consideração para multar os motoristas do Uber a lei nº 12.587/2012, que define a Política Nacional de Mobilidade Urbana e tem entre os seus artigos o que afirma que é “atividade exclusiva dos profissionais taxistas a utilização de veículo automotor, próprio ou de terceiros, para o transporte público individual remunerado de passageiros”.

Embora pareça contraditório, a empresa usa a mesma legislação para defender a sua atividade, argumentando que ela só serve para os taxistas, não se aplicando aos seus motoristas. » Qual é a sua opinião sobre o Uber?

Veja se o seu candidato no Recife concorda com você Tentando acabar com o imbróglio, a Prefeitura de São Paulo foi a primeira cidade da América Latina a regulamentar aplicativos como o Uber, aplicando uma taxa adicional para o serviço desde o mês passado.

Com o mesmo objetivo, o Ministério Público Federal (MPF) defendeu oficialmente a regulamentação federal desse tipo de transporte, incluindo-o na lei, e a desregulamentação parcial do táxi.

Entretanto, o candidato do PRB à Prefeitura, Celso Russomanno, afirmou nessa quinta-feira (1º) em entrevista à rádio CBN que o Uber está na ilegalidade e que não vai permitir que carros que não tenham placa vermelha, usada pelos táxis, realizem o transporte individual de passageiros na capital paulista.