O presidente do PSDB do Recife, vereador André Régis, registrou na tribuna da Câmara Municipal o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, afastada definitivamente da presidência, nesta quarta-feira (31), por um placar de 61 votos a favor e 20 contrários. “Hoje é um dia histórico.

Foi afastada uma presidente que ganhou uma eleição fazendo de tudo, inclusive o diabo.

Que sirva de lição aos futuros governantes.

Numa Democracia não vale fazer tudo.

Deve-se o respeito absoluto à leis e à Constituição.

Dilma é passado, um passado que envergonha a todos aqueles que, de boa fé, deram um voto de confiança a sua pessoa, pensando que ela tivesse as condições para governar um país da dimensão do Brasil”, afirmouu o tucano.

O parlamentar disse que que a crise de legitimidade que coroou seu afastamento – “na verdade aprovado por ter a petista cometido crimes de responsabilidade fiscal, as chamadas “pedaladas fiscais” no Plano Safra e os decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso Nacional” - surgiu já no “processo ilegítimo” de sua reeleição. “A crise de legitimidade da presidente afastada surge a partir de um processo ilegítimo de reeleição. É decorrente, inclusive, do escândalo do petrolão.

Foi estruturado um projeto de poder para saquear, para assaltar, para dilapidar o patrimônio público”, afirmou. “Quem perdeu a confiança da população não pode continuar governando”, diz André Régis O parlamentar, professor de Direito Constitucional, disse que o rito legal de todo o processo de impeachment, com a concessão dos amplos direitos de defesa e ao contraditório, foi correto. “Isso tornou, inclusive, esse rito muito mais lento e dificultoso.

Mas por um lado é bom, para não restar dúvida sobre a natureza democrática do processo”.

Veja a nota da Fetape “O Parlamento Brasileiro mostrou hoje o seu lado mais cruel, o seu descaso com a democracia.

Mas, o Golpe Parlamentar, hoje totalmente consolidado, não passará despercebido pela história, e agora com um registro definitivo: 31 de agosto de 2016.

Sai uma presidenta (sic) eleita por mais de 54 milhões de votos, assume um político sem a legitimidade que o verdadeiro líder deve ter: a de ser escolhido pelo povo.

Dilma Rousseff não é a única a ser colocada “para fora”.

Ela é apenas um símbolo das muitas e muitos excluídos, colocados à margem da sociedade por essa elite conservadora, machista e patriarcal.

O Golpe está aí.

Não temos como lutar contra ele.

Mas temos como combater as diferentes formas de retrocesso anunciadas. É preciso promover, mais uma vez, a redemocratização do nosso País, e o nosso povo não se acovardará.

Perder direitos?

Nunca.

A história nos mostra que pela força da nossa base, a luta irá continuar e as conquistas acontecerão.

E já estamos arregaçando as mangas, já estamos nas ruas, já estamos em diálogo com nossos trabalhadores e trabalhadoras rurais.

As eleições deste ano são fundamentais nesse processo.

Para nós, do Movimento Sindical Rural, será estratégico elegermos homens e mulheres comprometidos com o Projeto de Sociedade que defendemos, e que hoje foi violentado.

E 2018 vem aí!

Como sempre dizemos: a população tem, sim, memória.

Vamos nos “armar” dos votos necessários para buscar retomarmos o real poder: aquele que emana do povo”.