O primeiro pronunciamento do agora presidente Michel Temer (PMDB) foi uma estratégia para tentar distanciá-lo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), mesmo tendo sido vice-presidente nos dois mandatos e atuado como articulador político no início do segundo, antes de os peemedebistas terem rompido com a gestão. “O momento é de esperança e retomada da confiança do País.
Tenho consciência do tamanho e do peso da responsabilidade.
Recebemos o País mergulhado em uma grande crise”, afirmou no início do discurso gravado pela manhã e exibido em cadeia nacional às 20h, enquanto Temer viaja para a China.
LEIA TAMBÉM » Temer reclama de mudança de voto de aliados e diz: “Agora nós não vamos levar ofensa para casa” » Posse de Michel Temer durou 13 minutos Temer defendeu no pronunciamento as medidas econômicas que propôs, com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para limitar o aumento dos gastos públicos, a reforma da Previdência a mudanças na legislação trabalhista como as principais. “Trabalhamos muito.
Somos pessoas dispostas a acordar cedo e dormir tarde”, disse. » Dilma se diz vítima de segundo golpe, mas convoca “luta” » Golpe, história, governo: saiba quais foram as palavras mais ditas por Dilma após o impeachment O peemedebista colocou ainda como desafio “mostrar para os investidores internacionais que o País tem estabilidade política e segurança jurídica”. “O caminho que temos pela frente é desafiador.
Conforta-nos, no entanto, que o pior já passou”, disse. “O presente e o futuro nos desafiam.
Não podemos olhar para a frente com os olhos do passado”, afirmou ainda o ex-vice-presidente.
O pronunciamento de Temer terminou citando as palavras da bandeira: “Ordem e progresso sempre caminham juntos.
Quando o Brasil, quer o brasil muda”.
O agora presidente ainda afirmou que pretende entregar o País a um sucessor, em sinal de que não pretende ser candidato em 2018, e concluiu: “Que Deus nos abençoe nessa caminhada.”