Os tucanos divulgaram ainda há pouco que resolveram tirar as inscrições no questionamento às próximas testemunhas de defesa de Dilma.

Eles alegam que, com a exceção do economista Luiz Gonzaga Beluzzo, todas as outras testemunhas já depuseram e tiveram a oportunidade de fazê-lo na Comissão Especial do Senado.

A decisão foi tomada depois de vários bate-bocas na manha desta sexta-feira, antes mesmo de que começassem a ser ouvidas as testemunhas de defesa, no Senado da República.

Existem provocações de lado a lado desde ontem.

A senadora Gleisi chegou a contestar a legitimidade, a moral da Casa. “No retorno dos trabalhos, cada palavra seja medida.

Não podemos fazer um pugilato congressual”, disse Aécio Neves. “O Dr.

Beluzzo a quem ouviremos, mas sem questionamentos, por não ter participado do governo, na verdade, expressará aqui uma opinião pessoal que não acredito impactará na decisão de qualquer senador, mas é preciso que, em especial aqueles que defendem a presidente Dilma, permitam que o processo caminhe.

E ele não caminhará com sucessivas Questões de Ordem ou em pedidos reiterados de Palavra Pela Ordem para fazer discursos políticos. É hora de nos colocarmos à altura das expectativas da sociedade brasileira”. “A nossa decisão de agora, desse instante, é não perguntarmos.

A não ser que, eventualmente, alguma questão colocada justifique uma palavra nova.

Estaremos no plenário.

Não vamos nos ausentar”. “Não só o PSDB.

Todos aqueles que apoiam de forma já expressa o impeachment estão retirando as suas assinaturas.

Por que?

Porque essas testemunhas já foram ouvidas na Comissão Especial e elas trazem consigo um objetivo intrínseco, para usar uma palavra muito na moda aqui no Congresso Nacional que é a protelação, que é avançarmos muito nos próximos dias com este processo.

Por isso, estaremos presentes, mas por economia processual, só iremos intervir se houver algum que justifique essa nossa intervenção”.

Os tucanos informaram objetivamente que o objetivo é tenta-se adiantar o processo e garantir a presença de Dilma, na segunda 29 de agosto. “É para adiantarmos o processo e irmos para a parte final, que é a participação da presidente Dilma, e nisso quero discordar pelo menos de uma parte da fala do presidente Renan porque não podemos - e ninguém pode - cancelar a vinda da presidente da República.

Isso é um direito processual, isso faz parte do processo, o direito da presidente estar aqui para se defender.

O que queremos é atuar para que não seja sequer adiado por algumas horas, ou mesmo um dia, a presença dela.

Vamos, com essa economia processual que acabamos de decidir, vamos ter aqui a presidente, acredito eu, no dia 29.

Vamos fazer uma arguição clara, dura, mas sempre respeitosa, para que possamos dar ao Brasil a chance de um recomeço.

Isso só vai acontecer no momento em que esse processo for finalizado”. “Esse processo tem que terminar, e queremos que ele termine até na madrugada da próxima terça-feira”.