Saíram nesta quinta-feira, em Brasília, os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), sobre o nível do emprego formal.

O governo Temer, interessado em uma leitura rósea dos fatos, tentou destacar a continua trajetória de recuo de perda de postos.

No entanto, em julho, mais 94,7 mil vagas foram fechadas em todo o País.

O Ministério do Trabalho preferiu destacar que os números representavam o declínio de 0,24% em relação ao estoque do mês anterior. “A perda (de postos de trabalho) foi bem menor que o registrado em julho do ano passado, quando alcançou -157.905 vagas.

Em junho, a retração foi de 0,23% (-92.032 vagas) em comparação ao estoque de maio.

A queda foi bem menor que junho de 2015, quando houve o fechamento de 111.199 vagas formais”.

Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, essa desaceleração demonstra uma recuperação gradual da economia. “Estamos perdendo menos vagas e a tendência para os próximos meses é que essa desaceleração continue e possamos gerar vagas no segundo semestre”, avaliou.

Segundo o Caged, o estoque de emprego para julho é de 39.068.534 trabalhadores com carteira de trabalho assinada.

O acumulado do ano registra uma redução de 1,57%, correspondendo à perda de 623.520 postos de trabalho.

Nos últimos doze meses, o recuo foi de 1.706.459 postos de trabalho, representando uma variação de negativa de 4,18%, na comparação com os 12 meses anteriores.

Entre os setores da economia, a Agricultura continua gerando postos, registrando no mês um acréscimo de 4.253 vagas formais, um incremento de 0,26% em relação ao mês anterior.

A Administração Pública foi outro setor com resultado positivo, registrando a geração de 237 postos de trabalho ou +0,03%.

Houve perda no setor de Serviços (-40.1470 postos ou – 0,24%), na Construção Civil (-27.718 postos ou -1,09%), no Comércio (-16.286 postos ou – 0,18%) e na Indústria de Transformação (-13.298 postos ou -0,18%).] No recorte geográfico, cinco estados apresentaram incremento no nível de emprego formal, com destaque para Mato Grosso (+2.016 postos ou 0,30%).

Os maiores recuos ocorreram em Minas Gerais (-5.345 postos ou -0,38%), São Paulo (-13.795 postos ou -0,11%) e Rio Grande do Sul (-12.166 postos ou -0,47%).