Marcos Oliveira, do NE10, para o Blog de Jamildo.

Sem a presença dos principais candidatos que disputam a Prefeitura do Recife - sobretudo do atual prefeito e candidato à reeleição Geraldo Julio(PSB) - o debate promovido pela Associação dos Docentes da UFPE (ADUFEPE), na tarde desta quarta-feira(24), foi de críticas ao governo do socialista.

Estiveram presentes Carlos Augusto(PV), Edilson Silva(PSOL) e Simone Fontana(PSTU).

O ex-prefeito e também postulante, João Paulo(PT), também não foi, sob a alegação, enviada por nota, de que só irá participar a partir de agora dos encontros em que Geraldo também estiver.

Ato que reforça a estratégia observada nas duas candidaturas de polarização entre elas.

A crítica ao petista veio primeiramente de Edilson, que lembrou o fato de na tarde desta terça-feira(23) João Paulo ter ido ao debate na Associação de Cegos de Pernambuco. “Não se justifica a ausência dele.

E o debate com os outros candidatos, sobre os problemas da cidade?

Isso é um desrespeito aos candidatos e ao povo do Recife”, apontou.

Mesmo João Paulo sendo citado no início do evento, coube a Geraldo Julio ser o alvo preferencial.

Simone Fontana acusou a superlotação no programa Academia da Cidade, o que impediria, segundo ela, o acompanhamento adequado da população pelos profissionais.

Outro ponto tratado pela candidata, está na falta de aula de educação física nas escolas: “Estamos sem professores formados na área, com profissionais de outras áreas assumindo essa responsabilidade”, acusou.

Ela ainda anunciou que num possível governo do PSTU, a prefeita e os vereadores eleitos pela legenda receberão o mesmo salário que os professores.

Proposta que foi criticada por Edilson, que é deputado estadual. “Nós precisamos aumentar o salário dos professores e não tomar essa medida.

Os parlamentares e suas equipes precisam ganhar bem para que tenham condição de fiscalizar o governo”, disse.

Para criticar a área de esportes do governo socialista, o psolista citou obras inacabadas. “Nós temos uma situação dramática.

O caso do Geraldão é emblemático. É inadmissível que o ginásio esteja fechado servindo apenas para a corrução”, apontou. “Me refiro à corrupção pelo tempo em que está parado o equipamento, recebendo dinheiro sem ficar pronto”, explicou após o encontro, quando questionado pela imprensa onde exatamente estaria o desvio.

Carlos Augusto, que no Recife é opositor a Geraldo, mas no Estado é aliado de Paulo Câmara, foi criticado sobre isso e afirmou ver grande diferença entre as duas administrações socialistas.

Ele elogiou, por exemplo, as ações ambientais tomadas no entorno do Porto de Suape tocadas pelo governador, criticando nesse sentido a “falta de ações efetivas da administração municipal.”