O candidato do PV, Carlos Augusto Costa, não evita temas polêmicos, como o Cais José Estelita. “Assunto polêmico, até dentro do Partido Verde.

E nosso posicionamento só foi definido, depois de muita conversa com especialistas, ambientalistas, com gente da sociedade, com moradores de áreas vizinhas.

Nossa conclusão é que o projeto é muito importante para o Recife.

Com a mobilização da sociedade, ele avançou ao ponto de ser aprovado pelo Conselho Municipal e pela Câmara dos Vereadores.

No momento em que o Recife precisa atrair investimentos para a cidade, qualquer atitude no sentido de não se respeitar as regras do jogo é ruim.

O Partido Verde vai respeitar as regras do jogo, inclusive com as mudanças introduzidas depois do Movimento “Ocupe Estelita”.

O projeto agrega um parque à cidade, com manutenção feita pelo setor privado.

Agora, a Prefeitura precisa fazer a sua parte, garantindo que o parque seja do povo e que os espaços verdes ali disponibilizados sejam realmente públicos e utilizáveis pela população do Recife.

O PV não vai permitir quebra de contrato, por entender que a área da construção civil é uma das mais importantes para gerar emprego e renda para a população”, afirma.

Também fala sobre o Uber, que rende tanta polêmica. “O Uber precisa ser regulamentado, para evitar prática de dumping.

Quando a tecnologia chega, ela vem para ficar.

Ninguém vive mais, por exemplo, sem um telefone celular, sem baixar um aplicativo que facilite a vida das pessoas.

O Uber é uma realidade em várias partes do mundo, inclusive no Recife.

Não tem mais retorno.

E os taxistas precisam entender isso.

Outros serviços do gênero provavelmente vão aparecer, como já haviam aparecido antes o Easytaxi e o 99, e que terminaram por tornar obsoleto o serviço oferecido tradicionalmente pelas operadas locais de táxi.

Os taxistas precisam entender que a competitividade também é salutar.

Mas o que não se pode permitir, é a prática de dumping.

Por esse motivo, acho que o Uber precisa ser regulamentado”.

A polêmica sobre a discussão de gêneros nos livros escolares é outro tema polêmico que o candidato do PV não esconde sua opinião. “Tudo que diz respeito à cidadania, a formar o cidadão, tem que ser discutido na escola.

Tudo feito de forma correta, respeitosa, decente.

O Partido Verde defende que a discussão de gênero se dê em todos os espaços da sociedade.

As pessoas precisam aprender a tolerar desde cedo.

Precisamos de um Recife tolerante, que acolha, que respeite as opções das pessoas.

Cidades que se desenvolvem sustentavelmente são aquelas que respeitam as pessoas, o cidadão, que geram oportunidade que ele precisa, independente de sua cor, religião, opção sexual.

O que pregamos é o não à intolerância, ao preconceito.

A sociedade evoluiu, e nós precisamos evoluir com ela.

A família aceita, inclusive legalmente, não é mais só aquela formada por homem e mulher, mas também por dois homens ou duas mulheres.

Essa nova família é uma realidade da qual não se pode fugir e, como tal, precisa ser incluída nos livros escolares”.