Estadão Conteúdo - O Ministério da Integração Nacional afirmou nesta quinta-feira, 18, que “não está favorecendo qualquer partido político nas aplicações das verbas de combate à seca”.

Em nota, a pasta contestou reportagem publicada pelo jornal O Estado de S Paulo que revelou a decisão do governo Michel Temer (PMDB) de retirar dos governadores do Nordeste a execução de recursos para obras emergenciais de combate à estiagem na região para passá-la ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), controlado predominantemente por peemedebistas. » PSDB estipula limite para ‘bondades’ da gestão Temer » Temer diz que não cogita disputar a eleição presidencial em 2018 A pasta também refutou a interpretação de que esteja favorecendo Estados governados pelo PMDB, como Alagoas e Sergipe, ao fazer os repasses. “O que está sendo feito é a correção de distorções”, diz a nota, ressaltando que a Paraíba, governada pelo PSB, também vai receber mais recursos. » Após críticas, Michel Temer faz aceno à cúpula do PSDB » Temer transfere ao PMDB uso de verbas contra a seca Segundo o ministério, obras emergenciais como construção de adutoras de engate rápido serão executadas por órgãos da pasta, como o próprio Dnocs e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paraíba (Codevasf), controlada pelo PP.

E destacou que obras estruturantes que já vinham sendo executadas pelos governadores continuarão sendo tocadas pelas administrações estaduais. » Michel Temer prioriza aliados com repasses de R$ 2 bilhões em 51 dias » Em Pernambuco, Humberto Costa diz que Temer vai “governar para a classe mais rica” Parlamentares da oposição e da base aliada criticaram a decisão do governo de transferir para o Dnocs a execução de verbas para obras emergenciais.

A liberação dos recursos para essas intervenções foi autorizada por meio de uma medida provisória editada em julho e que abriu crédito extraordinário de R$ 789,9 milhões para ações na região.

Da tribuna do Senado, o líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), afirmou que a decisão do governo significa uma “volta à época dos coronéis e dos currais eleitorais”.

As informações são do jornal O Estado de S.

Paulo.