Agência Brasil e Estadão- Durante a maratona feminina, que percorreu neste domingo (14) as ruas da cidade do Rio, parte do público protestou contra o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB), que foi vaiado na abertura dos jogos olímpicos.
Os cerca de 42 quilômetros da prova tiveram vários trechos em que a população podia assistir gratuitamente, onde os grupos se organizaram para se manifestar com faixas.
Um homem chegou a invadir a pista da Avenida Presidente Vargas, onde acontecia a prova, levando um cartaz.
Veja vídeo publicado pelo coletivo Mídia Ninja no Facebook: A estudante de direito, Ingride Figueiredo, que participou do protesto defende que os Jogos devem servir também para a manifestação política. “A Olimpíada também é política, se manifestar contextualiza os jogos, é um direito e um dever. É nossa obrigação fazer essa comunicação com os outros países, mostrando exatamente o que a população está vivendo, não apenas o que se mostra na mídia”, declarou. “Gosto da ideia do espírito olímpico, mas também representa muito dinheiro envolvido, muita empresa lucrando”, completou.
Fotos: Bruno Bou / CUCA da UNE O funcionário público Walter Cecchetto Filho segurava uma das faixas contra o governo interino. “Estamos todos aqui querendo o melhor para o país, o melhor para o país e se tudo der certo vamos reverter esse golpe no Senado”, declarou, em referência ao processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, que tramita no Senado.
A maratona foi vencida pela queniana Jemima Sumgong, que completou a prova em 2h24min4seg.
A prata ficou com a bareinita Eunice Kirwa (2h24min13) e o bronze com a etíope Mare Dibaba (2h24min39).