No dia em que faz 11 anos da morte do ex-governador Miguel Arraes e dois de Eduardo Campos, avô e neto e ambos lideranças nacionais do PSB, nomes do partido se reuniram na casa onde Arraes morou no Recife, na Rua do Chacon, em Casa Forte, na Zona Norte, para homenageá-los.

O encontro também foi para firmar um convênio entre a Fundação João Mangabeira e o Instituto Miguel Arraes para promover a manutenção e a divulgação do acervo da entidade. “Arraes e Eduardo não passaram por este mundo em vão”, defendeu o atual governador Paulo Câmara, afilhado político de Campos e vice-presidente nacional da legenda.

LEIA TAMBÉM » Dois anos depois de acidente que matou Eduardo Campos, inquérito ainda não foi concluído “A caminhada que fizeram, as ideias que defenderam e as ações que realizaram testemunham o compromisso e a validade da luta que empreenderam, mas não podem nem devem ser esquecidos porque não pertencem ao passado, mas ao futuro”, acrescentou o gestor.

Arraes completaria 100 anos em dezembro se estivesse vivo.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, falou sobre a relação entre o avô e o neto. “Miguel Arraes e Eduardo Campos é como se fossem uma simbiose.

Um complementava o outro, não havia essas diferenças que as pessoas procuram fazer porque os ideais eram os mesmos”, disse.

Integrantes da Executiva Nacional do PSB participaram da assinatura do convênio (Foto: Roberto Pereira/PSB) Eduardo Campos começou a vida pública na campanha de 1986 de Arraes, a quem só conheceu aos 9 anos, devido ao exílio durante a ditadura militar.

Apesar de ter herdado do avô o gosto pela política, Campos e Arraes tinham perfis diferentes.

O filho dele, João Campos, seguiu o mesmo caminho e, apesar de protestos, ocupa o mesmo cargo na gestão Paulo Câmara.

O irmão de Eduardo, Antônio Campos, que é presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Miguel Arraes, defendeu o legado do avô. “Os ideais e as práticas de Arraes sempre tiveram um olhar para o futuro e são de extrema atualidade”, afirmou. “Essa casa fez e faz história e é uma faculdade aberta de política. É água perene e viva para aqueles que precisam voltar a ter esperança no Brasil”, concluiu.

O acervo é composto por livros, fotos, vídeos, cartas, entre outros documentos do ex-governador.