Com intuito de dar celeridade à sessão que vota o parecer sobre impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, nesta terça-feira (9), a bancada do PSDB no Senado decidiu que somente o presidente do partido, Aécio Neves (MG), usará os 10 minutos para se pronunciar.
A decisão, que já comunicada pelo líder da bancada, senador Cássio Cunha Lima (PB), foi tomada durante o intervalo da sessão que começou pela manhã.
Com a decisão dos 11 senadores da bancada tucana, o tempo da sessão deve ser abreviado em cerca de duas horas, de acordo com Cunha Lima, considerando as interrupções e atrasos. “O PSDB espera que as outras bancadas que apoiam o impeachment também decidam abrir mão dos discursos para reduzirmos o tempo da sessão porque ninguém aguenta mais isto”, disse o senador.
A lista de senadores inscritos para falar na sessão desta terça-feira já chega a 57.
Se todos usarem os 10 minutos a que têm direito, serão quase 10 horas de discursos.
Além desse tempo, foi acertado com o presidente da sessão, ministro Ricardo Lewandowski, e os líderes de bancadas, um intervalo de sessenta minutos a cada quatro horas de sessão.
Aécio discursou e disse que ‘ilegalidades’ cometidas por Dilma trazem uma ‘consequência perversa’ para o Brasil. “É o povo brasileiro que sofre com as ilegalidades cometidas por Dilma Rousseff: 12 milhões de desempregados. 170 mil comércios fechados, desigualdade social voltou a subir e queda de 5% na renda dos brasileiros”, disse o tucano.