O delator da Operação Lava Jato Júlio Camargo apresentou uma nova versão e confirmou que havia escondido que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fosse o beneficiário de propina de um contrato para fornecimento de navio-sonda para a Petrobras por medo de retaliação.

Segundo o jornal O Globo, a declaração foi feita durante audiência de uma das ações em que Cunha é réu no Supremo Tribunal Federal (STF).

A afirmação foi feita nesta segunda-feira (8) em frente ao deputado federal afastado Eduardo Cunha.

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Um procurador que esteve presente disse o delator temia que o ex-presidente da Câmara prejudicasse seus negócios e também os seus familiares no “campo social”.

O delator reafirmou durante a audiência de mais de cinco horas que intermediou o pagamento de US$ 5 milhões a Cunha.

Segundo ele, os recursos eram oriundos de um contrato de fornecimento de navio-sonda para a Petrobras.

Essa foi a primeira ação em que Cunha se tornou réu, destaca a publicação. » Eduardo Cunha devolve chaves da residência oficial e terá ministros do STF como vizinhos » Eduardo Cunha diz que ficará “conhecido por derrubar dois presidentes”, afirma colunista » Dilma chama Eduardo Cunha de ‘infeliz’ e diz que parlamento deve ficar mais republicano Camargo revelou que cerca de R$ 300 mil foram pagos com a locação de aviões particulares para servir o peemdebista.

O delator entregou à força-tarefa da Lava-Jato três notas fiscais do pagamento feito.

O empresário Ricardo Gobbetti, sócio da Global Táxi Aéreo, empresa que cedeu os aviões para Camargo repassar a Cunha deve prestar depoimento no dia 22, pois a defesa do deputado afastado questionou que não tinha sido notificada sobre o empresário.