Desemprego em inflação em alta aproximam esses termos tão próprios da economia da realidade do consumidor.

Como ele também é eleitor, é do político escolhido para representá-lo que vai simbolicamente cobrar essa conta.

Dos entrevistados para o levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), em parceria com o Jornal do Commercio e com o portal Leia Já, 86% afirmaram que o País passa por uma crise econômica.

Entre esses, 89,5% dizem que ficam irritados com os políticos por causa dessa dificuldade financeira.

LEIA TAMBÉM » Eleitores do Grande Recife têm insegurança como maior problema, aponta IPMN/JC » IPMN/JC: Eleitores do Grande Recife querem escutar verdade e boas propostas dos candidatos Mas esse não é o único motivo do mau humor dos eleitores da Região Metropolitana do Recife: 79,5% sabem sobre escândalos de corrupção e querem punições, algumas vezes até violentas, contra os culpados.

Os números da pesquisa mostram que os eleitores estão sendo influenciados pelos efeitos da crise econômica.

A maioria dos que acreditam que o cenário é de crise também afirma que se prejudicou muito com ela.

São 57,2% muito afetados, 35,8% pouco e apenas 6,9% que não sofrem por esse motivo. » Mais de 12% de eleitores do Grande Recife já venderam voto, diz IPMN/JC Estar no centro das consequências da crise contribui com o desânimo dos eleitores em relação à política.

Mais de 84% dos entrevistados na pesquisa não se interessam pelo assunto e 80,5% não gostam de política, o mesmo percentual de quem está irritado com os políticos.

Números do levantamento A pesquisa foi realizada para traçar a cultura política dos eleitores, cada vez mais perto do pleito.

Foram abordados entre 25 e 26 de julho 816 moradores das cinco cidades mais populosas da Região Metropolitana: Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Cabo de Santo Agostinho.

O nível estimado de confiança é de 95%, com margem de erro de 3,5 pontos percentuais.

Do total de entrevistados, 55,1% eram mulheres e 44,9% homens, sendo 25,4% com idades entre 45 e 59 anos; 23,2% de 25 a 34 anos; e 21% de 35 a 44 anos.

A renda individual de 43,2% é de até um salário mínimo e, de 42,5%, entre um e dois e meio.

Cinquenta e seis por cento têm ensino médio completo ou superior incompleto.

A maioria é casada (47,9%) e de católicos (56,4%).