A deputada estadual Teresa Leitão (PT), vice-presidente do partido em Pernambuco e pré-candidata em Olinda, criticou na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta segunda-feira (8), a abertura de um processo na Corregedoria-Geral Eleitoral contra a legenda, feita na última sexta (5) pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Gilmar Mendes. “A última vez em que essa medida foi promovida no Brasil, nós vivíamos na ditadura militar”, afirmou a petista.
LEIA TAMBÉM » Gilmar Mendes rebate críticas e nega pedido de ‘extinção do PT’ » TSE investiga uso de verbas públicas da Petrobras pelo PT Teresa Leitão leu a nota escrita pela bancada do PT na Câmara dos Deputados em que os parlamentares criticam Mendes e dizem que, ao abrir a ação, o ministro “tira de vez a toga e assume o papel de militante da direita brasileira”. “Sua decisão contra o PT coincide com um momento em que se tenta cassar o mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff, sem que tenha cometido crime de responsabilidade, configurando-se um golpe e a instituição de um ambiente político e jurídico de exceção no País.
Ao acusar o PT de ter se beneficiado de recursos desviados da Petrobras, Gilmar Mendes evidencia sua seletividade, já que outros grandes partidos – como o PSDB, PMDB, DEM e PP – também receberam recursos de empresas investigadas na Operação Lava Jato.
Sobre esses partidos, cala-se, como sempre, o presidente do TSE, que enxerga problemas no sistema democrático brasileiro apenas quando se trata do PT”, diz ainda a nota assinada pelo líder da legenda na Câmara, Afonso Florence (BA).
Teresa Leitão pediu que o texto seja anexado aos anais da Alepe.
Mais cedo, Gilmar Mendes afirmou que não pediu a extinção do PT e disse que outros partidos podem ser investigados também.
Segundo o ministro, as apurações contra o partido já estavam mais adiantadas devido ao processo que investigou as contas da campanha de 2014 da presidente afastada Dilma Rousseff.