Entre ‘queridinhos’ e reprovados, avaliação de ministros varia no Planalto Em O Globo Com dois meses e meio de governo do presidente interino Michel Temer, a avaliação no Palácio do Planalto sobre o desempenho dos novos ministros é variada.

Alguns, escolhidos por imposição dos partidos aliados, têm se revelado boas descobertas.

Outros têm apresentado desempenho insuficiente, segundo interlocutores de Temer.

Entre os bem avaliados, estão Fernando Bezerra (Minas e Energia), Mendonça Filho (Educação) e Bruno Araújo (Cidades), elogiados pela rapidez com que se familiarizaram com os temas de suas áreas e pelas medidas adotadas.

Da lista de nomes levados pelos partidos, Bezerra inicialmente causou preocupação ao Planalto por ter só 32 anos e ser inexperiente numa área complexa do governo, onde estão os maiores focos de corrupção: a Petrobras e a Transpetro, além do setor elétrico.

Após dois meses e meio, é chamado de “grande revelação”.

Dois são considerados hors concours: Henrique Meirelles (Fazenda), visto como a “âncora” que ajudará na aprovação do impeachment com a reversão de expectativas negativas na economia, e José Serra (Relações Exteriores), apontado como um “avião” no governo, apesar de seu hábito de dar palpite em áreas alheias.

Outros têm sido reprovados.

O que mais reclamações entre os auxiliares próximos de Temer é Ricardo Barros (Saúde).

A avaliação é que suas declarações são um “desastre” e que ele está mais voltado para o setor privado do que para os que necessitam de atendimento. É apontado como um “avião” pela quantidade e qualidade das medidas que promoveu em dois meses no cargo.

Seu hábito de dar palpite em outras áreas incomoda.

Bem visto pelo mercado, é considerado a “âncora” do governo.

A reversão da expectativa de piora na economia é oprincipal trunfo de Temer para aprovar o impeachment.

Chamado de “menino prodígio” no Planalto, o ministro de Minas e Energia surpreendeu positivamente pela rapidez e segurança com que trata os complexos temas da pasta.

Escolhido pelo PSDB para ocupar a pasta, tem se mostrado engajado em promover uma gestão mais técnica no Ministério das Cidades, segundo avaliação do governo.

O titular do Ministério da Educação é visto como propositivo no esforço para cortar gastos.

Sua ideia de pôr fim ao Ciência sem Fronteiras para graduações foi aplaudida pelo governo.

Polêmico, deixa o Planalto aflito sempre que dá entrevistas.

Já causou mais de uma saia-justa, por exemplo ao dizer que pacientes do SUS “imaginam”doenças.

Clássico exemplo de ministro que está no cargo apenas para preencher cota partidária.

A expectativa sobre o pastor é baixa, assim como os resultados que trouxe.

Bem visto pelo mercado, é considerado a “âncora” do governo.

A reversão da expectativa de piora na economia é oprincipal trunfo de Temer para aprovar o impeachment. É apontado como um “avião” pela quantidade e qualidade das medidas que promoveu em dois meses no cargo.

Seu hábito de dar palpite em outras áreas incomoda.

Chamado de “menino prodígio” no Planalto, o ministro de Minas e Energia surpreendeu positivamente pela rapidez e segurança com que trata os complexos temas da pasta.

Escolhido pelo PSDB para ocupar a pasta, tem se mostrado engajado em promover uma gestão mais técnica no Ministério das Cidades, segundo avaliação do governo.

O titular do Ministério da Educação é visto como propositivo no esforço para cortar gastos.

Sua ideia de pôr fim ao Ciência sem Fronteiras para graduações foi aplaudida pelo governo.

Polêmico, deixa o Planalto aflito sempre que dá entrevistas.

Já causou mais de uma saia-justa, por exemplo ao dizer que pacientes do SUS “imaginam”doenças.

Clássico exemplo de ministro que está no cargo apenas para preencher cota partidária.

A expectativa sobre o pastor é baixa, assim como os resultados que trouxe.

Entre as declarações polêmicas, integrantes do governo citam a defesa da revisão do atendimento universal pelo SUS, e quando disse que os pacientes “imaginam” estar doentes. — O Ricardo Barros é um político habilidoso, a mulher é vice-governadora, a filha é deputada estadual.

Mas, quando dá entrevista, é um desastre.

Ministro não pode ficar entrando em polêmica assim — resumiu um auxiliar presidencial.

O ministro Alexandre de Moraes (Justiça) tem altos e baixos.

Seu excesso de exposição e as falas descombinadas do governo causaram desconforto.

Além de atuar de forma autônoma, é considerado arrogante.

Mesmo assim, é considerado acima da média, principalmente por sua boa relação com a Polícia Federal.

Outro problemático é o pastor Marcos Pereira (Desenvolvimento), cujo desempenho é considerado fraco, mesmo não havendo grande expectativa sobre sua atuação.

Fontes do Planalto dizem que Temer precisou aceitar a indicação do PRB, sob pena de perder o apoio do partido.

Mas quem corre risco de perder a cadeira após o impeachment é o advogado-geral da União, Fábio Medina, que já provocou mais de um desgosto no presidente interino, como no episódio em que deixou de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela troca de comando na EBC.

Pela omissão de Medina, até hoje a empresa de comunicação está sob controle de um indicado pelo PT.

De trato político comedido e buscando evitar quaisquer arestas com os aliados em nome da governabilidade, Temer minimiza eventuais comentários sobre a atuação de seus ministros.

Sobre Alexandre de Moraes, contemporiza, ao avaliar junto a seus auxiliares que ele cumpre papel importante.

Os dois ministros mais próximos de Temer — Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Eliseu Padilha (Casa Civil) — são o coração do governo e estão em alta, mas com ressalvas.

No caso de Geddel, há queixas sobre seu temperamento forte, mas interlocutores de Temer destacam que ele está sempre de portas abertas para atender demandas de deputados e prefeitos.

Padilha é criticado pelas entrevistas. — Geddel é como a nossa Seleção de 1994.

Joga feio, mas ganhou a Copa.

Padilha só não pode ser o comentador-geral da República.

O trabalho da Casa Civil tem que ser voltado para dentro — diz um assessor do Palácio.