Durante seu discurso na Comissão Especial do Impeachment, o senador Cristovam Buarque, do PPS, afirmou nessa quinta (4) que não irá votar com “medo nem mesmo de ser chamado de golpista”.

O pernambucano é tido como um dos senadores indecisos que poderiam definir o placar do impeachment.

O senador sempre evitou declarar claramente como iria votar no julgamento final da presidente afastada, Dilma Rousseff, mas acabou sinalizando posição favorável ao impeachment ao rebater uma fala do líder do PT, Humberto Costa (PE), que comparou o atual processo contra Dilma com o golpe militar de 1964.

Ao comparar a situação atual com a do então presidente João Goulart, que foi deposto pelo golpe, Cristovam afirmou que hoje em dia não existem tanques de guerra nas ruas, o direito de defesa foi garantido e um comando militar não tutela o Congresso Nacional. “O Comando Militar em 64 não deu 180 dias para o Parlamento julgar o presidente sob o controle, o comando do Superior Tribunal Militar.

O Comando Militar não deu essa possibilidade prevista na Constituição.

Também não colocou no lugar de João Goulart um civil escolhido pelo próprio João Goulart, como é o caso do Presidente Temer”, afirmou Cristovam.

Confira a íntegra da fala do senador: