Foto: Ichiro Guerra/Divulgação Estadão Conteúdo - A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou nesta que o PT precisa admitir seus erros, tanto na questão ética como no uso de verbas públicas, e passar por “uma grande transformação”. Às vésperas do julgamento do processo de impeachment no Senado, Dilma disse que, nesse inventário, o partido deve resgatar sua história, pois só terá “sobrevida” se seus militantes souberem “fazê-lo seguir em frente”.

LEIA MAIS: » João Santana diz que é preciso ‘rasgar véu de hipocrisia’ sobre doações eleitorais » Eventual caixa 2 é problema de João Santana e do PT, afirma Dilma em entrevista É a segunda vez, em menos de uma semana, que a presidente afastada faz críticas ao PT.

No dia 27, após o marqueteiro João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, declararem ao juiz Sérgio Moro que receberam por caixa 2 US$ 4,5 milhões do PT, referentes à dívida da campanha de 2010, Dilma disse que a responsabilidade sobre os pagamentos era da “tesouraria do partido”. “Eu acredito que o PT tem de passar por uma grande transformação Primeiro, uma grande transformação em que se reconheçam todos os erros que cometeu, do ponto de vista das práticas, tanto da questão ética, da condução de todos os processos de uso de verbas públicas”, insistiu ela nesta terça-feira, 2, em entrevista à revista Fórum. » Dilma diz que não participará da Rio 2016 em “posição secundária” » Ministro do TCU dá mais 30 dias para defesa de Dilma sobre contas de 2015 » Marqueteiros confessam que receberam US$ 4,5 mi de caixa 2 de campanha de Dilma ‘Autocrítica’ Em mais um sinal de distanciamento de seu partido, Dilma mostrou que não aceitará pagar por erros cometidos por dirigentes petistas.

Argumentou, porém, que não é possível confundir falhas individuais com a legenda. “A instituição, que é o PT, tem de ser preservada, tem de ser melhorada, tem de ser democratizada.

Mas ela tem de continuar, tem de seguir o seu rumo.

As pessoas é que têm de fazer as suas autocríticas”, disse, ao comparar o PT a um “grande rio”. » Dilma afirma que deixou País preparado para as Olimpíadas » Dilma critica educação sem partido e diz que governo quer ‘bando de carneiros’ » Comissão do impeachment vai conceder mais um dia de prazo para defesa de Dilma O comando do PT não acredita no retorno de Dilma ao Planalto, embora em público dirigentes digam o contrário.

O tom da Carta aos Brasileiros, que ela deve divulgar no próximo dia 10, após a primeira votação sobre o mérito do impeachment no Senado, também provoca divergências entre aliados.

Há quem queira que ela mostre disposição para uma guinada à esquerda e quem pregue apoio ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para atrair votos de senadores indecisos.

As informações são do jornalO Estado de S.

Paulo.