Foto: Alexandre Gondin/ JC Imagem Afastado do cargo por ser um dos investigados da Operação Pulso, o presidente da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), Rômulo Maciel Filho, vai reassumir a presidência da instituição por decisão do pelo Tribunal Regional Federal da da 5º Região (TRF5).

A informação foi divulgada pelo advogado de Rômulo, Célio Avelino, em entrevista concedida à Rádio Jornal, na manhã desta quarta-feira (3) e confirmada ao Blog de Jamildo.

Entretanto, mais detalhes sobre a decisão não podem ser divulgados, visto que o caso corre em segredo de justiça, de acordo com a defesa do presidente.

LEIA MAIS: » PF deflagra operação contra organização criminosa que atuava na Hemobrás » Ex-coordenador do Mais Médicos, Mozart Sales é um dos investigados pela Operação Pulso A defesa de Rômulo ainda afirmou ao Blog que os desembargadores que votaram pelo retorno do gestor entenderam que a volta de Rômulo ao cargo não iria interferir nas investigações.

A decisão da turma não foi unânime, foram dois votos favoráveis e um contra.

Nessa terça-feira (2), o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que está retirando da Hemobrás a delegação para a exclusividade na manipulação de sangue.

Barros ainda disse que espera colocar a empresa para funcionar em dois anos. » Após ser alvo de investigação, Hemobrás perde delegação para a exclusividade na manipulação de sangue “Estamos retirando da Hemobrás a delegação para a exclusividade na manipulação de sangue e traremos de volta para o Ministério.

Nosso objetivo é concluir o processo de tecnologia e espero que possamos consolidar isso em dois anos”, afirmou o ministro.

O diretor de Produtos Estratégicos e Inovação da Hemobrás, Mozart Sales, também foi afastado da função.

O médico chegou a assumir interinamente o Ministério da Saúde, em 2012, e é descrito no site da Hemobrás como criador do programa Mais Médicos.

Dois sócios de uma empresa com atuação na Hemobrás foram presos na operação, segundo a Polícia Federal.

PULSO A operação investigou irregularidades em licitações e contratos de logística de plasma e hemoderivados, além de fraude na construção da fábrica de medicamentos da empresa em Goiana, a 60 quilômetros do Recife, que começou a ser erguida em 2010.

Ligada ao Ministério da Saúde, a Hemobrás é responsável por pesquisas relacionadas ao sangue.

A Polícia Federal afirma que, durante a operação, percebeu que diversas amostras de sangue coletado que deveria ser transformado em medicamentos contra a hemofilia e outras doenças eram armazenados de forma inadequada, o que os tornava inapropriados para a produção dos remédios.

Dinheiro cai do céu Durante a operação, na chegada dos agentes da PF a um dos endereços investigados, os prédios conhecidos como “Torres Gêmeas, no Centro do Recife, uma situação, no mínimo inusitada, ocorreu, maços de dinheiro foram arremessados pelas janelas.

Segundo a Polícia Federal, o dinheiro que “voou” de um prédio no Recife, quando policiais chegavam ao local, foi arremessado da janela de um apartamento de Rômulo Maciel Filho.