Foto: Guga Matos/ JC Imagem Policiais federais estão nas ruas desde a madrugada desta terça-feira (2) para cumprir 32 mandados judiciais referentes à 33ª fase da Operação Lava Jato em Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás e Minas Gerais.
A ação foi batizada de “Resta Um” e mira a construtora Queiroz Galvão.
Ao todo, foram expedidos 32 mandados judiciais, sendo um de prisão temporária, dois de prisão preventiva, seis de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, e 23 de busca e apreensão.
O ex-presidente da Queiroz Galvão Ildefonso Colares Filho e o ex-diretor Othon Zanoide de Moraes Filho foram presos preventivamente.
O mandado de prisão temporária é contra Marcos Pereira Reis.
Ele está no exterior, segundo a PF.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a construtora formou, com outras empresas, o chamado cartel de empreiteiras, investigado por fraudar licitações da Petrobras.
O cartel maximizou os lucros das empresas privadas e gerou prejuízos bilionários para a estatal.
O MPF informou também que a operação Resta Um busca colher provas da tentativa de obstrução à investigação de organização criminosa pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em 2009.
Uma reunião realizada em 21 de outubro de 2009, no Rio de Janeiro, negociou o apoio do então presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), para esvaziar as investigações da CPI criada naquele ano no Senado para investigar suspeitas de superfaturamento nas obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.
O nome da operação, de acordo com a Polícia Federal, remete ao fato de se tratar da última empresa de grande porte investigada pela formação do cartel.
A empresa teria sido identificada como parte integrante da chamada “regra do jogo” em que empreiteiras formaram um grande cartel visando burlar as regras de contratação por parte da Petrobras.