Agência Brasil e Estadão Conteúdo - A leitura do parecer do relator Antônio Anastasia (PSDB-MG) na Comissão Especial do Impeachment e a vista coletiva estão marcadas para esta terça-feira (2), ao meio-dia.

O relatório do tucano dirá se a denúncia por crime de responsabilidade contra a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) é procedente ou não e se ela deve ser levada a julgamento final.

De oposição à petista, Anastasia apresentou texto pela admissibilidade do processo em maio, quando ela foi afastada.

Expectativa é que Anastasia apresente relatório contrário a Dilma (Foto: Marcelo Camargo/ABr) Os senadores da atual oposição estão negociando com o presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), tempo para leitura de voto em separado, uma manifestação oposta à oficial, na sessão desta terça.

Certos de que o tucano irá apresentar um relatório a favor da condenação de Dilma, senadores do PT e do PCdoB prepararam o chamado “voto em separado”, uma manifestação de caráter simbólico.

LEIA TAMBÉM » A um mês do julgamento do impeachment, Vem Pra Rua faz manifestação com menor adesão » Julgamento final do impeachment começará em 29 de agosto Como afirmou na semana passada a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que é parte da tropa de choque de Dilma, o PT deve apresentar um texto com argumentos políticos, mas também com pontuações técnicas quanto ao processo, defendendo a inocência da presidente.

O pedido é que a comissão conceda 30 minutos da reunião dessa terça para a leitura do voto do partido.

A senadora Vanessa Grazziotin (AM), única representante do PCdoB no Senado, pediu 15 minutos para apresentar sua manifestação.

As apresentações dos votos em separado devem acontecer após a leitura do parecer de Anastasia. » Defesa de Dilma entrega 536 páginas de alegações finais à Comissão do Impeachment » Governo aproveita impeachment para pautar o Senado » TSE envia ao STF novos indícios de irregularidade na campanha de Dilma em 2014 O cronograma da comissão prevê que a discussão do parecer seja feita na quarta-feira (3) e a votação na quinta-feira (4).

Se for aprovado na comissão, o texto seguirá para o plenário, onde deverá ser lido na sexta-feira (5) e votado na terça-feira, 9 de agosto.

Esse rito será presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandovski.

Fonte: Agência Senado É necessária maioria simples de votos para que o processo prossiga para sua última etapa.

O julgamento do impeachment, que decidirá se Dilma será ou não afastada definitivamente, deve acontecer no fim de agosto.

De acordo com o STF, o julgamento final começará no dia 29 de agosto e tem previsão para durar uma semana.

Para que a presidente sofra o impedimento, 54 senadores devem votar contra ela, o que equivale a dois terços da Casa. » Jean Wyllys interpreta que STF foi ‘conivente’ com Eduardo Cunha por interesse no impeachment de Dilma » Em palestra no Recife, Cristovam Buarque critica Dilma e elogia Temer O pedido de afastamento, apresentado em outubro e aceito por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), então presidente da Câmara, em dezembro, usou como o atraso no repasse de recursos para a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, referentes a despesas com programas sociais do governo e com o Programa de Sustentação de Investimentos (PSI), que é a chamada “pedalada fiscal”.

Além disso, os juristas alegam que houve seis decretos envolvendo créditos suplementares assinados pela presidente sem autorização do Congresso Nacional. » Veja linha do tempo que mostra os principais fatos até o afastamento de Dilma: