A homologação da primeira candidatura do advogado Antônio Campos (PSB), irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), foi neste domingo (31).
Em outubro, o socialista vai disputar a Prefeitura de Olinda com aliados do próprio partido no campo estadual, em eleição que, na interpretação dos aliados, deve ser decidida só no segundo turno.
Sem a cunhada Renata Campos, não contou também no palanque com a presença dos sobrinhos, da mãe, a ex-deputada e ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes, ou do atual governador, Paulo Câmara (PSB), afilhado político de Eduardo.
LEIA TAMBÉM » Antônio Campos promete Compaz em Rio Doce e melhorias na segurança Para suprir o espaço da família Campos e de Paulo Câmara, estiveram na convenção o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) e o filho dele Fernando Filho (PSB), atual ministro de Minas e Energia, ambos adotando o discurso de que a candidatura de Antônio Campos tem apoio político, além de exaltar Eduardo Campos e o avô dos dois, Miguel Arraes.
Um vídeo em que o ex-governador fala sobre o irmão foi exibido no telão.
Mesmo com a aliança com o PCdoB no plano estadual e no Recife, por exemplo, além de ter apoiado a eleição do prefeito comunista Renildo Calheiros, FBC fez críticas à gestão.
Quero que vocês avaliem as pessoas que estão no campo da oposição", disse, ressaltando que o PCdoB está há 16 anos na gestão - nos dois últimos mandatos com Renildo Calheiros e antes com a deputada federal Luciana Santos, adversária de Antônio Campos nesta eleição.
Ministro Fernando Bezerra Filho, filho de FBC, frisou que Antônio Campos tem apoio político pic.twitter.com/vHDUcWW3uP — Blog de Jamildo (@blogdejamildo) 31 de julho de 2016 O deputado estadual Aluísio Lessa, um dos nomes do PSB que falaram para defender a candidatura de Eduardo Campos, ressaltou que, devido ao grande número de bases, acredita que a eleição vai para o segundo turno. “No segundo turno, o jogo é outro: o time unido”, afirmou. “Paulo Câmara já lhe recebeu e disse que conte com ele para governar”, afirmou ainda, se dirigindo a Antônio Campos no palanque.
Disputando agora a primeira eleição, apesar de ter família ligada à política, Antônio Campos ainda não demonstrou ligação com a militância presente, que gritava mais o nome da candidata a vice na chapa, a professora Ceça, ligada à comunidade evangélica em Peixinhos.
Para se aproximar do eleitorado, o pré-candidato gesticulou, foi carregado e, no fim, chegou a dançar frevo.
O discurso de Ceça começou parafraseando Eduardo Campos, em entrevista na noite antes de morrer em acidente aéreo durante a campanha de 2014: “Não vamos desistir de Olinda”. “Olinda está clamando pelo novo jeito de fazer política”, disse ainda, retomando o discurso adotado há dois anos de que os socialistas representariam essa ’nova política'.
Ao falar ao público, Antônio Campos afirmou ainda: “Olinda vai fechar um ciclo da velha política”. antonio campos galeria 9 - antonio campos galeria 10 - antonio campos galeria 11 - antonio campos galeria 12 - antonio campos galeria 14 - antonio campos galeria 15 - antonio campos galeria 16 - antonio campos galeria 17 - antonio campos galeria2 - antonio campos galeria3 - antonio campos galeria4 - antonio campos galeria5 - antonio campos galeria7 - antonio campos galeria8 - antonio campos - Em seu discurso, o candidato explicou que, se for eleito, suas ações seriam baseadas na meritocracia e defendeu melhorias para a segurança na cidade. “Vamos fazer o plano de segurança para Olinda, que será uma cidade de paz.
Iremos transformar a Presidente Kennedy na Avenida Germano Coelho, um prefeito que honrou essa cidade e fez diferente e iremos mudar radicalmente uma avenida que é o símbolo do descaso”, prometeu.
Com críticas de eleitores a Renildo Calheiros durante os dois mandatos, muitas vezes fazendo piadas que sugerem que ele não cumpre expediente na prefeitura, Antônio Campos frisou que tem capacidade de trabalho. “Tenham certeza de que vocês vão ter um prefeito que pega no serviço de manhã e só larga com a entrega”, disse.
Citando um bordão da campanha do ex-presidente Lula (PT) em 2002, se aproximou do fim do discurso afirmando: “A esperança vai vencer o medo da mudança.”