Em palestra no sábado passado, no auditório da Faculdade Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes (PE), o senador Cristovam Buarque, embora mantendo o sigilo de como irá votar na sessão do impeachment no Senado, criticou a presidente Dilma e elogiou os dois meses do governo Temer.
Buarque disse que esteve recentemente com Dilma. “Não senti apego grande para ela voltar”, disse, sugerindo que ela deveria dizer como seria seu governo se voltasse. “Vai manter o Meirelles.
Quem estará na Casa Civil será o Lula de novo?. “Se houver impeachment, o PT vai sair mais forte, vai jogar a culpa no Temer, fazer oposição, carregar a bandeira do golpe”.
O senador do PPS lamentou que seu prestígio internacional esteja sendo abalado, mas que não se importava, nesta altura da vida. “Não vou ter como recuperar alguns dos amigos. É o preço, é uma atitude a tomar.
Eu não posso ficar prisioneiro deles.
Primeiro o Brasil, depois os companheiros” No final de sua palestra, ele disse ainda que, se Dilma voltar, vai ser muito complicado.
Quando iria afirmar algo sobre Temer, ocorreram dois problemas seguidos no som do auditório e ele não repetiu a frase.
Na mesma fala, elogiou a profissionalização da Petrobras e disse que era importante quebrar a desorganização do Estado. “Não podemos esquecer os erros de Dilma”, cobrou. “Nos entregamos empresas a partidos e sindicatos” Também comentou que não via risco de atraso social, contradizendo o discurso da economista Tânia Bacelar. “Temer, ao invés de acabar, aumentou (o Bolsa Família)”, registrou.
O segundo elogio a Temer ocorreu em relação a proposta de teto para os gastos.
Temer vai tirar da Educação.
Não!.
Porque?.
Sou simpático à medida porque não se pode gastar mais do que arrecada.
A esquerda brasileira se acotumou a somente oferecer, sem dizer de onde vem.
Só se diz que gaste mais e mais.
Ai não tem política.
Me disseram que no tempo de Lula todos ganhavam…
Se todos ganham, tem algo errado.
Uma das falhas da esquerda é não ter responsabilidade fiscal.
Dois mais dois são quatro, desde o tempo dos gregos.
Ai começa, dois e três é quatro.
Ai o dinheiro começa a se desvalizar, dois mais três é igual a cinco, mas só vale quatro.
Este é o truque, achar que podemos burlar a aritmética (gerando inflação)” “Onde o PT errou?
Não dá para dizer que é um governo interino de dois meses!
Não dá para dizer que é artimanha da direiota, não é invenção da imprensa.
Não se inventou notícia.
Se se fez coisa errada, não é culpa da Lava Jato. É culpa da corrupção.
A lava Jato vai parar essa sangria, até lá vai ter um custo.
E ainda vem a Marilena Chauí e diz que o Moro foi treinado pela CIA.
Esse fundamentalismo obscurece o pensamento”, afirmou. “Onde o PT errou ao ponto de deixar o País deste jeito?
A ponto de todos os políticos ficarem desmoralizados, não apenas os de direita?
Porque em 13 anos não temos um projeto nacional?
Nos acostumamos com o Brasil corporativizado, com eleitores e não com nação, se a gente pensar em 30 anos, perde a eleição.
Frei Beto disse bem, aumentamos o número de consumidores, mas não aumentamos os cidadãos” O senador fez várias críticas à educação nacional, durante o encontro.
Em uma delas, afirmou que foi bom elevar o número de universidades, como fez Lula, mas teria sido melhor se não tivesse a visão de privilegiar o indivíduo. “A escada social beneficia o aluno, enquanto o abraço do progresso beneficia o País” “Onde o PT errou ao ponto de deixar o País deste jeito?
A ponto de todos os políticos ficarem desmoralizados, não apenas os de direita?
Porque em 13 anos não temos um projeto nacional?
Nos acostumamos com o Brasil corporativizado, com eleitores e não com nação, se a gente pensar em 30 anos, perde a eleição.
Frei Beto disse bem, aumentamos o número de consumidores, mas não aumentamos os cidadãos” O senador fez várias críticas à educação nacional, durante o encontro.
Em uma delas, afirmou que foi bom elevar o número de universidades, como fez Lula, mas teria sido melhor se não tivesse a visão de privilegiar o indivíduo. “A escada social beneficia o aluno, enquanto o abraço do progresso beneficia o País” O foco do seminário Brasil: Cenários e Perspectivas foi discutir alternativas para o desenvolvimento do País nos âmbitos econômico, jurídico e político, além das perspectiva de concretização do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).
O evento contou com a participação de especialistas de projeção nacional, como a economista Tânia Bacelar e o senador Cristovam Buarque.
O evento foi realizado pelo Instituto de Defesa do Cidadão (IDC), com apoio da FG, CTI Nordeste, Espaço Jurídico e Instituto Calango de Brasília.
Na ocasião, serão oferecidos cinco painéis de discussão com temas que envolvem a indústria audiovisual, o papel da imprensa na crise política, a corrupção e a atuação do poder judiciário, a crise econômica, o papel da mulher na política e a conjuntura política do País.
O painel Brasil: para além da crise Econômica, apresentado por Tânia Bacelar, discutiu a situação do desemprego no País.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em maio deste ano.
O resultado é o mais alto da série histórica iniciada em março de 2012.
Também estiveram presentes o secretário de Audiovisual do MinC, Alfredo Bertini; o diretor-geral da Motion Picture Association, Ricardo Castanheira; o fotógrafo Orlando Brito; o cientista político Melillo Diniz; e o Procurador do Estado de Pernambuco Francisco Mário.