Com candidatura à Prefeitura de Olinda homologada em convenção neste domingo (31), a deputada estadual Teresa Leitão (PT) voltou a se colocar como alternativa à gestão de Renildo Calheiros (PCdoB), não como adversária do prefeito e da antecessora dele no cargo, a deputada federal Luciana Santos (PCdoB), com quem vai disputar esta eleição. “Vamos respeitar nossos aliados, até porque queremos o apoio deles no segundo turno”, disse a petista durante o discurso.

Assim como outros candidatos, ela prevê que nenhum dos candidatos conseguirá a maioria absoluta dos votos já no primeiro turno.

O PT foi aliado do PCdoB durante toda a gestão, mas é alvo de críticas. “Esta eleição vai se dar em um momento crucial da politica, em um momento de adversidade para o PT, em um momento de desencanto com a política, em um momento de descrença com a administração municipal da qual participamos e não vamos esconder hipocritamente isso”, afirmou. “Vamos fazer um diálogo construtivo com isso, um diálogo de superação disso, um diálogo de nos tornar alternativa apesar disso”, acrescentou.

LEIA TAMBÉM » Teresa Leitão quer montar projeto de educação para Olinda As críticas aos socialistas, porém, são mais incisivas. “Foi nesta cidade que aprendi a andar, falar, ler, foi nesta cidade que aprendi a ir à missa, que me casei, que me fiz mãe.

Foi nesta cidade que eu conheci a política, pois meu pai foi candidato a vereador pelo PSB quando o ’s’ significava ‘socialismo’, naqueles tempos passados”, disparou Teresa Leitão. “A tese da governabilidade, dos 21 partidos, dos palanques robustos, das articulações comandadas dos gabinetes, dos guias eleitorais quilométricos não existe mais.” Na imagem, o candidato a vice na chapa, Gilberto Sobral, Teresa Leitão e o deputado federal Sílvio Costa Filho (PTdoB) (Foto: Péricles Chagas/DIvulgação) Teresa Leitão reclamou do lixo, da quantidade de creches e da violência em Olinda. “Uma cidade em que a cultura transborda de cada pedra, em cada ladeira, em cada alto, em cada vila, não pode ter seus equipamentos fechados”, afirmou ainda. “Não pode dizer simplesmente que o orçamento é pequeno e os problemas são grandes. É aí que entra a capacidade de governança.”