Foto: Alessandro Dantas/Liderança do PT A afirmativa do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que, se o Congresso não aprovar o teto de gastos públicos, afetando fortemente as áreas de Saúde e Educação, o atual governo interino aumentará impostos e os juros ficarão mais altos, foi vista como uma espécie de chantagem com o parlamento pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).

A PEC 241/2016, que ainda tramita na Câmara Federal, foi enviada pelo atual presidente Michel Temer em junho deste ano.

LEIA MAIS: » Em Pernambuco, Humberto Costa diz que Temer vai “governar para a classe mais rica do País” Para o líder do PT no Senado, essa declaração é mais uma prova de que o Brasil pode entrar em um período mais difícil ainda na área econômica. “O Congresso já deu um ‘cheque em branco’ quando aprovou o déficit de R$ 170,5 bilhões para esse presidente sem voto.

Eles ainda propõem um teto para gastos, o que vai prejudicar muito as áreas sociais, e agora estão ameaçando com novos impostos, caso essa PEC deles não passe. É realmente uma tristeza esse período que estamos vivenciando”, avaliou o senador. » Para Humberto Costa, Temer ameaça políticas voltadas à agricultura familiar » Minha Casa Minha Vida: Humberto Costa diz que impacto no PIB será de R$ 70 bilhões até 2018 O ministro Henrique Meirelles também confirmou que o governo realmente fará diversas privatizações e já citou os aeroportos de Congonhas (São Paulo) e Santos Dumont (Rio de Janeiro).

Nos bastidores, a expectativa do governo interino é de arrecadar cerca R$ 170 bilhões com privatizações nos setores energético, de transportes e venda de ativos de diversas empresas, como a Petrobras. » Para Waldemar Borges, Humberto Costa anda muito distante do Recife » Humberto vai à homologação da candidatura de João Paulo à Prefeitura do Recife A PEC 241/2016, enviada por Temer ao Congresso, propõe que os gastos públicos com saúde sejam congelados durante 20 anos.

Essa proposta coloca em risco, por exemplo, R$ 12,7 bilhões de recursos para o SUS nos próximos dois anos.

Esse montante perdido daria para manter todos os hospitais do País (federais, estaduais e Santas Casas) durante três meses.

Na área da educação, se essa regra valesse em 2015, a redução chegaria a 70% a menos de recursos para o setor. » “Vão destruir o Fies”, diz Humberto Costa sobre política de Temer para a educação » Em resposta a Humberto Costa, Bruno Araújo diz que fim do Minha Casa, Minha Vida não é verdade