Com informações da Agência Senado O advogado da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), José Eduardo Cardozo, entregou nesta quinta-feira (28) as alegações finais da petista à Comissão Especial do Impeachment.

O documento tem 536 páginas.

Segundo Cardozo, Dilma pode ir fazer sua própria defesa no julgamento final do processo de impeachment, que ocorrerá no Plenário do Senado, sob o comando do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. » Veja a íntegra da defesa de Dilma Rousseff: Defesa de Dilma Rousseff à Comissão do Impeachment from Portal NE10 De acordo com Cardozo, a peça tem provas como depoimentos de testemunhas e perícia. “Vários fatos surgiram ao longo do tempo, um deles foi a proposta de arquivamento que o Ministério Público Federal fez relativamente ao inquérito que tratava das pedaladas, onde o procurador afirmou que não é operação de crédito, o que defendemos desde o início”, comentou no Senado.

LEIA TAMBÉM » Comissão do impeachment vai conceder mais um dia de prazo para defesa de Dilma » Governo aproveita impeachment para pautar o Senado » Com ‘recesso branco’, pedido de cassação de Cunha e impeachment ficam para agosto O relator da comissão, Antônio Anastasia (PSDB-MG), é de um partido de oposição a Dilma e apresentou, ainda na fase em que o que estava em votação era a admissibilidade do impeachment, posição contrária à petista. “Eu só acho que o relator, o senador Anastasia, vai ter muita dificuldade em cumprir a ordem do partido dele, talvez ele cumpra”, afirmou Cardozo. “Mas vai ter muita dificuldade, porque é difícil dizer que exista alguma situação que permita a sustentação, com validade, desse impeachment”, acrescentou o advogado.

Anastasia tem cinco dias para apresentar o parecer.

Veja o calendário: Fonte: Agência Senado Segundo a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), uma das principais defensoras de Dilma na Casa, os senadores que apoiam a presidente afastada apresentarão voto em separado à comissão contra o impedimento. » TSE envia ao STF novos indícios de irregularidade na campanha de Dilma em 2014 » Dilma afirma que deixou País preparado para as Olimpíadas » Dilma critica educação sem partido e diz que governo quer ‘bando de carneiros’ O pedido de afastamento, apresentado à Câmara em outubro, usou como o atraso no repasse de recursos para a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, referentes a despesas com programas sociais do governo e com o Programa de Sustentação de Investimentos (PSI), que é a chamada “pedalada fiscal”.

Além disso, os juristas alegam que houve seis decretos envolvendo créditos suplementares assinados pela presidente sem autorização do Congresso Nacional. ara que Dilma sofra o impeachment, 54 senadores, o que equivale a dois terços do Senado, têm que votar contra ela.

Se esse número não for alcançado, a petista reassume o cargo. » Dilma diz que irá ao Senado se defender pessoalmente contra o impeachment » Lula calcula que precisa convencer seis senadores a votar contra o impeachment para salvar Dilma » Por 55 votos a 22, Senado abre impeachment e Dilma é afastada