Estadão Conteúdo - As principais centrais sindicais se reuniram na manhã desta terça-feira (26), em São Paulo, e aprovaram um documento contrário às propostas do governo do presidente em exercício, Michel Temer, para alterar direitos trabalhistas.
LEIA TAMBÉM » Governo Temer não descarta aumento de impostos e acredita em reforma da Previdência » Congresso ainda resiste à reforma da Previdência Os sindicalistas são contrários, sobretudo, ao aumento da idade mínima para aposentadoria e ao avanço da lei de terceirização.
O encontro também discutiu formas para aumentar a criação de empregos e contou com a participação dos presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). “A nossa unidade surgiu pela necessidade de criação de empregos.
Nós também fechamos unidade para que não se altere os direitos dos trabalhadores”, afirma o presidente da CUT, Vagner Freitas. “Podemos chegar inclusive à greve se o governo retirar direitos”, diz. » Em um ano, Pernambuco perde 77 mil postos de trabalho, diz Caged » Medo do desemprego é o mais alto em 17 anos, diz CNI A unidade das centrais sindicais também marca uma mudança na postura adotada pelos sindicalistas com relação ao afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Ao longo do processo, a CUT se posicionou de forma contrária ao impeachment, enquanto o deputado Paulinho da Força, parlamentar do Solidariedade e presidente da Força Sindical, foi um dos principais articuladores na Câmara dos Deputados para o afastamento de Dilma. “Não tem decepção com esse governo (Temer).
Acreditamos que ele vai recuperar a economia, mas achamos que isso está demorando”, diz Paulinho. » CUT de Pernambuco diz não aceitar que governo Temer promova fusão de Sudene e BNB » Em Pernambuco, Humberto Costa diz que Temer vai “governar para a classe mais rica do País” “Na questão da Previdência, eu acho que é possível chegar a um acordo que resolva o problema do déficit sem alterar o direito daqueles que estão no mercado de trabalho.
E na questão trabalhista não é hora do governo discutir esse assunto.
Se o governo insistir nisso, ele vai ter problemas pela frente”, afirma.
Além das questão trabalhistas e previdenciárias, os sindicalistas pediram a redução da taxa de juros e da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem diminuição de salário.