Foto: Agência Brasil Com informações da ABr e Estadão Conteúdo A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (21) dez pessoas suspeitas de planejarem atos terroristas no Brasil.

As prisões ocorrem 15 dias antes do início da Olimpíada no Rio de Janeiro. “Eles passaram de simples comentários sobre Estado Islâmico e terrorismo para atos preparatórios”, disse o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em entrevista à imprensa.

As prisões, conforme o ministro, ocorreram em 10 estados.

De acordo com o ministro, o grupo se comunicava por aplicativos de trocas de mensagens. “A eficácia da polícia evitou qualquer ato executório” afirmou o ministro.

Informações obtidas, dentre outras, a partir das quebras de sigilo de dados e telefônicos, revelaram que os investigados defendiam a intolerância racial, de gênero e religiosa, e o uso de armas e táticas de guerrilha para alcançar seus objetivos. “A tentativa de comprar arma de fogo foi um dos atos preparatórios”, explicou Moraes.

As mensagens interceptadas revelaram também que o grupo chegou a comemorar o atentado em uma boate LBGT em Orlando, nos EUA.

Os artigos 3º e 5º da Lei 13.260, de 16 de março de 2016, que disciplina o terrorismo preveem como crime: Art. 3º: “Promover, constituir, integrar ou prestar auxílio, pessoalmente ou por interposta pessoa, a organização terrorista” e art. 5º: Realizar atos preparatórios de terrorismo com o propósito inequívoco de consumar tal delito".

Para assegurar o êxito da Operação e eventual realização de novas fases, os nomes dos presos, sob custódia da Polícia Federal, não serão divulgados neste momento.

O processo tramita em segredo de Justiça. “Era uma célula amadora, desorganizada; mas nenhum órgão de segurança pode ignorar fatos dessa natureza, por isso as prisões”, disse Moraes.