Sem alarde, a procuradora Adriana Fontes questionou o procurador geral Carlos Guerra, em reunião do Conselho Superior do Ministério Público do Estado (MPPE), se já havia sido designado um promotor para acompanhar o inquérito sobre a morte do empresário Paulo Cesar Morato, encontrado falecido em motel de Olinda, enquanto foragido da Polícia Federal, após mandado de prisão da Operação Turbulência.
O que causou alarde é que, na ata oficial da reunião do MPPE, o caso da morte do empresário Paulo Morato foi tratado expressamente como “assassinato”.
Não se sabe se há alguma informação privilegiada no MPPE que justifique esta afirmação.
Nos bastidores, a informação já existia, mas agora ocorre a confirmação oficial do uso da palavra “assassinato” para divulgar a matéria.
Na reunião, Carlos Guerra respondeu que não tinha recebido “nenhuma reclamação” até o momento, mas, ante a colocação da procuradora, iria designar um promotor para acompanhar o caso.
O corregedor Renato Silva Filho disse “ser importante essa designação diante da polêmica que tem cercado a investigação”, sem especificar qual seria a “polêmica”.
O Governo do Estado, horas após o corpo ser encontrado, assegurou que teria sido suicídio e, até hoje, não divulgou o resultado final das perícias.
O fato concreto é que a designação de um promotor especial para acompanhar um inquérito é situação muito excepcional, que não costuma ocorrer em casos de suicídio.
Geralmente, atua no inquérito o promotor sorteado por livre distribuição do processo.
Não se conhece ainda o promotor designado por Carlos Guerra para acompanhar as investigações do empresário Paulo Morato.