Foto: Ichiro Guerra / Divulgação Movimentos contrários ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff preparam uma série de atos durante os Jogos Olímpicos do Rio.
A ideia é aproveitar o momento de grande visibilidade internacional para denunciar o que eles classificam como golpe e também para reivindicar a “paternidade” do evento.
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Paulo, a Frente Brasil Popular, que capitaneou as principais manifestações em defesa da petista, é a principal articuladora dos atos com esse tom na cidade, ao lado da Frente Povo Sem Medo.
Ela é formada, entre outros movimentos, por partidos de esquerda, como PT e PCdoB, além de centrais sindicais como a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a CTB (Central dos Trabalhadores Brasileiros). » Temer vira boneco gigante e será exposto ao lado de Dilma no Recife » Datafolha: 42% dos deputados são a favor do impeachment e 31% contra » Datafolha: Lula lidera intenções de voto em 2018, mas não venceria no segundo turno O MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) também integra a frente.
A chamada Frente Povo Sem Medo, que reúne movimentos estudantis, como a UNE e a UJS (União da Juventude Socialista), também encabeçará os protestos.
Os grupos pretendem instalar, a partir do próximo dia 1º, um acampamento no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade.
Caique Tibiriçá, coordenador da Frente Brasil Popular e representante do PCdoB na organização, explica que a ideia não é protestar contra a Olimpíada.
Entre as pautas como “Fora Temer”, explicou, algumas correntes da frente defenderão a “paternidade” dos jogos Olímpicos, conseguidos quando Lula era presidente do País. » Datafolha mostra recuperação em avaliação de Dilma » Temer disse esperar que Senado vote afastamento definitivo de Dilma até 15 de agosto Tibiriçá disse que a Copa do Mundo, em 2014, foi um sucesso de organização e que não concorda com grupos que pretendem entoar na Olimpíada algo semelhante ao “não vai ter Copa”.
A versão do “Não Vai Ter Copa” será entoada nas ruas por movimentos simpáticos ao Comitê Popular da Copa e Olimpíada, que reúne pesquisadores de universidades federais e movimentos de moradores atingidos pelos grande eventos.
São eles que têm discurso mais ativo contra os jogos. » Governo Temer retira urgência de pacote anticorrupção de Dilma » Dilma critica governo Temer e diz que acorda se perguntando: Quem vai cair hoje?
O Comitê defende que os eventos não foram pensados para melhorar a vida da população mais pobre— pelo contrário, resultaram em remoções e aumento da repressão policial nas favelas.